O mercado de livros didáticos do Brasil é o maior do mundo por conta da aquisição do governo, através do Ministério da Educação (MEC) e do seu braço Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). O programa beneficia mais de 30 milhões de alunos, atingindo 120 mil escolas. “Sempre chamo a atenção para os participantes do curso sobre a importância de haver uma reflexão sobre o papel do editor, porque aquele livro vai mudar a cabeça de uma criança”, diz Tatiana Pita, professora do curso Formação de editores de didáticos – Como editar materiais didáticos e sistemas de ensino, que começa nova turma dia 25 de julho, com aulas a distância e ao vivo, pela Casa Educação.

---

Leia também

A origem dos sistemas de ensino e a sua importância para a educação brasileira

PNLD: a eficácia ao distribuir 150 milhões de livros e materiais didáticos

---

O professor e editor, e responsável pela montagem do curso, Paulo Verano, lembra que a área que mais emprega nas editoras é a dos didáticos. “Como quem pensa o livro didático é um conteudista, normalmente professor, nada mais natural do que tomar conhecimento de toda a trajetória da criação de um livro”, diz ele, que também leciona na Universidade de São Paulo.

Tatiana Pita, pedagoga com passagem nas editoras Ática e Scipione, acentua que o importante é olhar todas as fases de produção de um livro didático. O curso está contido em 10 módulos, que começa com projeto editorial e planejamento de obras e conclui com a segmentação do mercado do livro didático, com duração de 70 horas. Pitta, que no curso fala sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e o trabalho do assessor pedagógico numa editora, entende que é um curso destinado a todos os profissionais que atuam na área. 

Curso ‘Formação de editores de didáticos’

São 14 professores com vivência profissional e com atuação como docente. “Temos um curso para editores de livros em geral e esse específico para o mercado educacional, que serve para todas as áreas da editora, para autores de didáticos e sistemas de ensino e prestadores de serviços para esse mercado. Para pensar um título ou elaborar um determinado conteúdo, nada como conhecer todas as etapas de produção que serão abordadas no curso, desde a concepção de um conteúdo até como esse material chega nas mãos do estudante”, diz Sylvia Cardial, diretora da Casa Educação.

Paulo Verano, em sua aula, faz um panorama desse mercado, que se tornou gigante com o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), direcionado à aquisição e à distribuição de livros e conteúdos educacionais aos alunos do ensino básico. As obras adquiridas pelo governo federal são das áreas de educação infantil, anos iniciais do ensino fundamental 1 e 2, ensino médio e educação de jovens e adultos (EJA).

Clique aqui para mais informações. 

Leia também:

A cobertura da mudança climática nos livros didáticos