Confira cinco caminhos oferecidos pelas startups para impulsionar o setor da educação
A transformação digital tem impactado profundamente diversos setores e a educação não é exceção. Nos últimos anos, startups e empresas de tecnologia educacional, as chamadas edtechs, têm conquistado espaço no avanço do setor.
O Brasil é o principal mercado de startups de educação na América Latina. Atualmente, o país concentra quase 70% do total de edtechs da região, além de aproximadamente 80% do volume de investimentos. Os dados são do Report EdTech 2024, levantamento realizado pelo Distrito, uma plataforma de inovação e de fomento ao empreendedorismo que mapeou quase 900 edtechs ativas na América Latina.
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Enquanto as grandes empresas de soluções educacionais atuam em uma base sólida para garantir a qualidade de ensino, a capilaridade do acesso e os investimentos, as startups aceleram o processo de inovação e o desenvolvimento de novas ferramentas que atendam às demandas do século 21.
A conexão entre estes dois mundos, de grandes players e jovens empresas, oferece novos caminhos para uma educação mais ampla, atualizada, inclusiva e personalizada para um número cada vez maior de estudantes, além de suporte para os educadores e os gestores.
Na FTD Educação, por exemplo, o programa de geração de investimentos e parcerias, o Órbita 2, lançado recentemente, busca tecnologias e negócios para o gestor, professor e estudante, em áreas como gestão escolar, processos de aprendizagem, gamificação do ensino, inteligência artificial, ensino adaptativo, inteligência de dados, tutoria, plataformas para ensino de idiomas, entre outros.
Nesse contexto, de parceria entre grandes empresas do ecossistema educacional e edtechs, gostaria de citar cinco caminhos oferecidos pelas startups para impulsionar o setor da educação.
Uma das principais vantagens das startups e edtechs é a democratização do acesso à educação. Por meio de plataformas online, é possível oferecer cursos e materiais educativos a um público global, independentemente da localização geográfica. Isso é especialmente importante em regiões onde o acesso a escolas e universidades de qualidade é limitado. Além disso, ferramentas de aprendizado online podem ser adaptadas para atender às necessidades de alunos com diferentes habilidades, promovendo a inclusão.
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As ferramentas digitais oferecidas pelas startups podem ajustar o conteúdo e o ritmo de aprendizado de acordo com as necessidades individuais de cada estudante por meio de inteligência artificial e big data. Essa abordagem personalizada aumenta a eficiência do aprendizado, ajudando os alunos a alcançarem suas metas em menos tempo.
As metodologias ativas, como a aprendizagem baseada em projetos, gamificação e ensino híbrido, têm se mostrado eficazes para engajar os alunos e melhorar a retenção de conhecimento. As edtechs facilitam a implementação dessas metodologias ao disponibilizar ferramentas e plataformas que suportam essas abordagens. Por exemplo, plataformas de gamificação transformam o aprendizado em uma experiência mais interativa e divertida, aumentando a motivação dos estudantes.
A rápida evolução do mercado de trabalho exige que os profissionais estejam constantemente atualizados. Startups oferecem cursos online, treinamentos e workshops que permitem o desenvolvimento contínuo de habilidades. Esses recursos são especialmente valiosos para profissionais que desejam adquirir novas competências ou se especializar em áreas emergentes.
Além de beneficiar os estudantes, as edtechs também fornecem recursos valiosos para os professores, com ferramentas de gerenciamento de sala de aula, plataformas de criação de conteúdo e softwares de avaliação automatizada, por exemplo. Isso permite que os educadores se concentrem mais na qualidade do ensino e na inovação pedagógica.
Em suma, startups e edtechs têm um papel importantíssimo no processo de inovação na educação. Além de responderem às demandas do setor, com soluções inovadoras e criativas, elas podem compor um ecossistema de tecnologias educacionais, de acordo com a necessidade da escola, com o perfil do educador e do aluno. Tudo isso qualifica os processos de aprendizagem. Mas tem que fazer sentido! Não é a tecnologia pela tecnologia. É a tecnologia a serviço de uma experiência exitosa de aprendizagem.
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