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Políticas Públicas

País terá a primeira Olimpíada Brasileira de Educação Midiática

Além disso, 700 mil profissionais da educação e saúde serão treinados contra a desinformação. Anuncio foi feito ontem, 23, por integrante do governo

Publicado em 24/05/2024

por Redação revista Educação

O governo brasileiro vai formar em educação midiática 300 mil profissionais da educação e 400 mil trabalhadores da saúde. A declaração foi feita ontem, 23, pelo diretor de direitos na rede e educação midiática da Secretaria de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (SECOM/PR), Fabio Meirelles.

O diretor participou do Encontro Internacional de Educação Midiática que teve como tema Direitos humanos, democracia e meio ambiente no contexto da inteligência artificial. O evento, que termina hoje, 24, teve inscrições abertas ao público esgotadas em apenas dois dias.

Promovido pelo Instituto Palavra Aberta com o apoio da Fundação Roberto Marinho, do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e da Associação de Jornalistas de Educação (Jeduca), acontece na cidade do Rio de Janeiro, o evento contou com especialistas em comunicação, tecnologia e educação, representantes dos governos e acadêmicos.

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“Vamos ter cartilhas e guias. Tem também os 400 mil profissionais de saúde porque a gente sabe da desinformação do debate das vacinas. Precisamos ter os agentes de saúde como parceiros no combate à desinformação. Essa é uma estratégia que a gente vai desenvolver com o Ministério da Saúde”, afirmou Fabio Meirelles.*

O diretor também anunciou a Olimpíada Brasileira de Educação Midiática, que será realizada em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e instituições de ensino superior. Voltada a estudantes da rede pública e particular, espera-se alcançar 400 mil jovens.

olimpíada educação midiática

Diretor de direitos na rede e educação midiática, Fabio Meirelles, e a empreendedora social e cofundadora OLABI, Silvana Bahia durante o Encontro Internacional de Educação Midiática
(Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

Enfraquecer a desinformação

Em ato simbólico, o diretor do governo Fábio Meirelles entregou a versão impressa da Estratégia Brasileira de Educação Midiática à Patricia Blanco, diretora executiva do Instituto Palavra Aberta.

Construído a partir de consulta pública e alinhado com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o documento, lançado no ano passado, apresenta políticas públicas para estimular na população a criticidade na compreensão, no engajamento e na produção de conteúdos nas mídias digitais.

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“Quando começamos a programar o evento e incluímos a questão do combate à desinformação climática, não tínhamos ideia de que estaríamos vivendo o desastre do Rio Grande do Sul”, contou Patricia Blanco.

Além das mais de 160 mortes e demais efeitos das enchentes no estado, uma onda de notícias falsas, perfis fakes e golpes online agrava ainda mais a vulnerabilidade das vítimas, o que demonstra a centralidade da educação midiática na garantia de direitos.

A head de parcerias do YouTube, um dos patrocinadores do Encontro junto com Google e Embaixada e Consulados dos Estados Unidos no Brasil, Clarissa Orberg também destacou a importância da educação midiática para o pensamento crítico, além de comentar medidas que a plataforma tem tomado para difundir conteúdo de qualidade, como o canal @YouTubeEdu. “Temos agido proativamente nesta área de educação midiática. Sabemos que temos que ser muito responsáveis porque alcançamos mais de 2 bilhões de pessoas globalmente”, comentou Clarissa.

Educação midiática, formar para a cidadania

Representando a Unesco, que cooperou para o Encontro, o coordenador do setor de comunicação e informação Adauto Candido Soares comentou a abrangência do tema. “Vemos aqui relacionados os assuntos democracia, meio ambiente e direitos humanos e, realmente, a educação midiática cabe para a discussão de cada um deles.”

A secretária estadual de Educação do Rio de Janeiro, Roberta Barreto, representou o Consed na mesa de abertura. Ela comentou sobre a importância da produção consciente de conteúdos, dando como exemplo o projeto Jovens Repórteres G20, do governo do Rio, que está formando estudantes da rede estadual para a participação ativa na cobertura da Cúpula de Líderes do G20.

“Quando chamamos esses jovens para o dever da construção da informação real e verdadeira, estamos também convidando-os para falar sobre o uso consciente da internet, que é um desafio de todos nós”, explicou Roberta.

*Com informações da Agência Brasil

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