ARTIGO

Olhar pedagógico

Direitos das crianças e sustentabilidade marcam carnaval escolar

Instituição de educação infantil destaca os direitos dos pequenos em cortejo. Já maquiagens sustentáveis como bioglitter e sombra de argila são destaques em projetos pedagógicos com alunos do fundamental ao médio

Publicado em 26/02/2020

por Redação revista Educação

Carnaval é tempo de celebrar. Mas é também momento de conscientização, como mostra o Marista Escola Social Curitiba, que atende gratuitamente crianças de 0 a 5 anos, no bairro Fazendinha. Este ano, o tema do cortejo carnavalesco Os direitos da criança, integrou alunos e famílias divididos nas seguintes alas: saúde e segurança, alimentação, brincar e moradia.

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carnaval escolar

Foto: divulgação

A folia, que evolveu toda a equipe escolar, aconteceu em 21 de fevereiro e contou com a participação da bateria da PUCPR. “É uma oportunidade de estudar e de mostrarmos às crianças e famílias o contexto histórico do carnaval e, principalmente, fortalecer o sentido de comunidade, onde todos podem aprender juntos”, explica o diretor do Marista Escola Social, Ricardo Sartorato. A ação do Marista também contou com oficina de adereços e fantasias com materiais sustentáveis e recicláveis, disponíveis na biblioteca para toda a comunidade.

Práticas sustentáveis

Já os cuidados com o meio ambiente foi destaque no Colégio Mater Dei, de São José dos Campos, SP. Por meio do projeto pedagógico Mais Riso Menos Lixo, desenvolvido pelos alunos do ensino fundamental II e compartilhado com os do fundamental I sobre as ameaças dos microplásticos para a natureza – principalmente nos oceanos -, os jovens produziram bioglitter e confete ecológico.

“Geramos entre as crianças não apenas um debate importantíssimo relacionado à promoção de práticas sustentáveis, como mostramos que é possível fazer diferente. Os microplásticos estão presentes em uma infinidade de produtos do nosso dia a dia, incluindo itens do vestuário, produtos de higiene e dermocosméticos, além da degradação de artigos maiores de plástico, como garrafas PET”, afrma Juliana Terra, professora do Mater e uma das responsáveis pelo projeto.

“Achava que o glitter era filtrado como toda outra sujeira, mas com esse projeto percebi que não era nada disso que eu pensava, e sim algo que prejudica muito o meio ambiente sem percebermos”, revela Lorena Blutaumuller, aluna do 8° ano.

Em resumo, o tema sobre materiais ofensivos à natureza continuará sendo abordado durante o ano letivo. Após o carnaval, a escola abraçará propostas coletivas de consumo mais consciente e promoverá novas práticas sustentáveis para a rotina escolar.

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Respeito à natureza também no carnaval

Indo na mesma linha do respeito à natureza, sombra de argila, confete com folhas secas e bioglitter comestível com gelatina incolor e pó de corante foram produzidos no laboratório de química do Colégio Marista São José Tijuca, RJ, pelos alunos do 9º ano do ensino fundamental e do ensino médio.

carnaval escolar jovens

Alunas do Colégio Marista São José Tijuca (foto: divulgação)

“O glitter convencional é um vilão do meio ambiente, pois é composto de camadas de plástico e alumínio cortado em pequenos pedaços. Esses materiais não são biodegradáveis, o que impede a reciclagem ou reutilização, uma vez que o tamanho das partículas impossibilita a sua captação para tais ações”, explica a professora de química Ana Beatriz Escada Ferreira.

Aliás, diante da crise hídrica que o Rio de Janeiro passa, a atividade se torna um ato educativo, político e social, uma vez que incentiva a não poluir a água e cuidar do meio ambiente.

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