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Arte e Cultura

Autor

Redação revista Educação

Publicado em 14/12/2016

Site reúne pesquisas científicas que possam contribuir para aprendizagem

Ferramenta permite encontrar pesquisadores e seus trabalhos

Divulgação

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Uma ferramenta de busca para identificar e aproximar pesquisadores e linhas de pesquisa que possam ter relevância para as relações de ensino e aprendizagem. Com esse intuito, a Rede Nacional de Ciência para Educação, criada em 2014 por um grupo de cientistas brasileiros, lançou no último mês de novembro a Plataforma CpE, instrumento para localizar pesquisadores doutores atuantes no Brasil cuja linha de pesquisa esteja ou possa estar relacionada com a melhoria da aprendizagem. A iniciativa teve apoio do Instituto Ayrton Senna e da Faperj.
Além de localizar pesquisadores e trabalhos, a plataforma permite obter informações específicas em relação a ambos, tais como temas de pesquisa, área do conhecimento, coeficiente de produtividade e interações já estabelecidas.
Os dados disponíveis são originários da Plataforma Lattes e do Banco de Teses e Dissertações da Capes. Sua criação foi precedida da realização de um Censo Nacional de Ciência para Educação, que consistiu no levantamento de 25 mil perfis de pesquisadores que vêm realizando trabalhos passíveis de serem aplicados na área educacional. Destes, foram identificados quase 2.700 com altos índices de produtividade e colaboração.
Coordenada pelo neurocientista Roberto Lent, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Rede CpE tem como objetivo estratégico trazer para a educação um conceito já amplamente sacramentado na área da saúde, a pesquisa translacional, que busca criar condições para que haja transferência de resultados da pesquisa básica para a pesquisa clínica. No caso da Rede, um dos objetivos centrais é aproximar os cientistas de áreas como a neurociência, de grande desenvolvimento nas últimas décadas, aos educadores. A ideia é que achados científicos comprovados transformem-se em políticas públicas.
Segundo Lent, como atualmente poucos países buscam consolidar esse modo de trabalhar (Estados Unidos, Austrália e Hong Kong entre os mais destacados), essa é uma janela de oportunidade importante para que o Brasil diminua o gap educacional que o separa das nações mais desenvolvidas.


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