NOTÍCIA
Antônio Eugênio Cunha, presidente da FENEP, orienta os donos(as) e mantenedores(as) sobre a venda de suas escolas
Publicado em 23/01/2024
O professor Antônio Eugênio Cunha, presidente da FENEP (Federação Nacional das Escolas Particulares) e diretor da consultoria Cunha&Cunha Gestão Educacional, indica aos donos(as) e mantenedores(as) que ao vender suas escolas verifiquem: “se eu vendi à vista está resolvido, a escola vai receber o dinheiro, fim de papo. Se eu não vender à vista, mas por entrada e parcelas, devo ter os meus cuidados. Estes cuidados passam por um seguro, por exemplo. Não basta assinar um documento, um contrato, porque caso não cumpra, há algumas cláusulas de segurança que podem até ser prejudiciais”.
Leia também
Grupo Vitamina gera prejuízos financeiros e emocionais
FNDE busca blindagem para evitar corrupção, garante a presidente Fernanda Pacobahyba
O presidente da FENEP ressalta que no caso das escolas que foram vendidas ao grupo Vitamina, caso tenham sua unidade de volta, terão que passar por um processo de reestruturação e reconstrução da imagem, ou seja, começar a construir a escola do zero.
“Quando oriento as escolas na venda, normalmente a gente escolhe um banco, faz um seguro e pede uma carta fiança na qual o comprador fica na obrigação de fazê-lo. Esse para mim é o melhor processo. Tem outros caminhos, mas todos gerando segurança para quem está vendendo”, complementa Antônio Eugênio Cunha.
Primeiro: a saúde financeira da escola depende do seu projeto e programa administrativo-financeiro. Então comece, por exemplo, na matrícula. Como devo fazer a minha matrícula? Quais cuidados devo ter? Porque a matrícula se desdobra não obrigatoriamente num possível problema que pode atrapalhar o fluxo de caixa da escola;
Segundo: quando se fornece o serviço educacional, há um contrato anual, então você tem uma anuidade e poderá parcelar até 13 vezes, como algumas escolas fazem. Já para conceder esse crédito ao cliente, ele tem de estar com um bom histórico de pagamento. Então é sempre bom verificar quem é o nosso cliente;
Terceiro: verifique se o seu preço está bem formado para a clientela que quer atender. O que é um preço bem formado? Preciso de um orçamento que me permita enxergar quanto vou gastar no ano letivo e fazer acompanhamento por meio de lançamentos diários daquilo que entrou e do que paguei. Se tivermos essas abordagens (existem outras) já começamos a criar uma estabilidade financeira para a escola;
Importante: tenha um contador(a) na escola que seja parceiro eficiente, porque é ele quem vai tirar os seus tributos e mostrar informação da saúde financeira da sua empresa.
Revista Educação: referência há 28 anos em reportagens jornalísticas e artigos exclusivos para profissionais da educação básica