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Conhecimento

Teatro como meio para aprender educação financeira

A educação financeira é um tema que entrou em 2017 na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) dos ensinos fundamental e médio e pode ser abordada com os alunos de diferentes maneiras. A consultora pedagógica Andy de Santis, autora do livro Lições de valor – educação […]

Publicado em 30/12/2022

por Redação revista Educação

A educação financeira é um tema que entrou em 2017 na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) dos ensinos fundamental e médio e pode ser abordada com os alunos de diferentes maneiras.

A consultora pedagógica Andy de Santis, autora do livro Lições de valor – educação financeira escolar (ed. Moderna), explica que a educação financeira vai além da matemática financeira e, por isso, é um tema transversal da BNCC. Entre os aspectos trabalhados estão questões comportamentais, o entendimento das prioridades, o impacto do consumo na sociedade, a importância do desenvolvimento de um planejamento e do autocontrole e um bom uso dos recursos, inclusive o dinheiro.


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Espetáculo em diálogo com a educação financeira

Outra possibilidade é abusar da ludicidade por meio do teatro. Sabendo disso, de setembro a novembro, 10 mil 937 estudantes de escolas públicas do interior do Brasil,  além de educadores, assistiram de forma gratuita à peça O cofrinho sabichão, que levou à reflexão de como se relacionar com o dinheiro.

Como a educação financeira é um tema também novo para os professores, uma oficina online em educação financeira está disponível no site www.cofrinhosabichao.com.br. São demonstradas diversas atividades lúdicas sobre o tema que podem ser praticadas em sala de aula com os alunos, em qualquer área do conhecimento. Uma cartilha digital também está disponível aos professores e pode ser acessada por qualquer educador do país também no site da peça, na aba Cartilha para Professores.

Foram 100 apresentações envolvendo 82 escolas de oito cidades (foto: divulgação)

Estímulos para a aprender educação financeira

Para Daniele Torres, diretora da Companhia de Cultura, realizadora do projeto, uma das funções da arte é promover a reflexão sobre temas importantes para o nosso dia a dia. “Por meio da ludicidade e do humor, conseguimos engajar as pessoas a pensarem em suas atitudes e até a mudarem de comportamento. Estamos o tempo todo fazendo escolhas e tomando decisões. E a peça O cofrinho sabichão trata disso muito bem e de forma divertida.

A história do espetáculo é sobre uma decisão solicitada pela avó Fortuna a seus netos Maroca e Zeca: eles serão presenteados com uma moeda de ouro, mas ambos terão que – em comum acordo – decidir a melhor forma de usá-la.

O diálogo gira em torno da divergência dos netos entre gastar ou guardar, que é mediada por um cofrinho encantado que ganha vida. Uma história leve e divertida, O cofrinho sabichão leva ao público infantil, de maneira simples, questões como economia, redução de consumo, sustentabilidade, avareza, gentileza e solidariedade.

Para a diretora da peça, Mayara Tenório, o espetáculo leva ao público a aproximação com a vida financeira de forma aplicada e simples, com humor, representatividade e música. “A peça proporciona ao espectador, seja ele estudante ou docente, a reflexão de como pode lidar melhor com sua vida financeira, de acordo com seus valores pessoais e sociais e seus sonhos.”


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Envolvidos

Foram 100 apresentações envolvendo 82 escolas de oito cidades – Timóteo, Coronel Fabriciano, Antônio Dias e Três Marias, Minas Gerais; Cavalcante, Niquelândia e Senador Canedo, Goiás; e Juquitiba, São Paulo.

Outro destaque do projeto é a presentatividade de cor ou raça, com cerca de 80% da equipe negra ou periférica – a diretora, os atores, a equipe de cenografia, a figurinista, o compositor da trilha sonora, a técnica de som, a advogada e a designer.

O espetáculo é uma realização da Companhia da Cultura. O texto é de Gu Torres, a direção, de Mayara Tenório e os atores são Kinda Marques, Lissin e Jorge Guerreiro. O projeto é patrocinado pelo BV banco, Bemisa, Banco Pan e Jaepel, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet).

O projeto tem ainda o apoio do Instituto DiverCidades, responsável pela estratégia de inclusão e diversidade; e do Instituto Repartir, responsável pela comunicação do projeto, que atua com estudantes de comunicação em situação de vulnerabilidade socioeconômica.

Escute nosso episódio de podcast:

Autor

Redação revista Educação


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