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Tecnologia tem que ter metodologia e fazer sentido ao professor

As escolas municipais de Guaratinguetá, SP, estão entre as 15 primeiras públicas do Brasil a terem Google for Education em todas a redes. Por limitação orçamentária, a tecnologia e a internet não estão em todos os ambientes, ficam restritas a um espaço exclusivo das escolas. […]

Publicado em 11/05/2022

por Laura Rachid

As escolas municipais de Guaratinguetá, SP, estão entre as 15 primeiras públicas do Brasil a terem Google for Education em todas a redes. Por limitação orçamentária, a tecnologia e a internet não estão em todos os ambientes, ficam restritas a um espaço exclusivo das escolas.

Esse projeto de tecnologia digital ganhou força em 2018 com o programa Educação Interativa e tem como pilar a formação continuada dos professores, que no caso de Guaratinguetá, começou por meio de cursos voluntários. Para Ana Maria Peluso de Andrade Almada, chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Educação de Guaratinguetá, não obrigar o educador a realizar a formação gerou ainda mais interesse. “Enquanto a gente tinha a escola piloto abrimos cursos voluntários para o professor que queria participar, por ser voluntário teve boa adesão.”


Leia: Tecnologia por tecnologia, não. Tem que existir compromisso com o gestor, educador e aluno


O case foi relatado por Ana durante um painel no segundo dia da Bett Brasil sobre transformação digital em redes de ensino.

Inclusive, Guaratinguetá é a primeira rede a fazer integração com a Univesp (Universidade Virtual do Estado de São Paulo). A Secretaria uniu o polo do ensino superior com o centro de treinamento dos professores.

Ana Maria contou que hoje as escolas da rede estão focadas na educação midiática.

“Temos a tecnologia, a mão na massa, mas precisamos que os alunos sejam críticos e identifiquem as fake news”, disse justificando o momento atual da rede.

Bertioga de olho no educador

A partir da experiência de Guaratinguetá, Bertioga, litoral norte de SP, se inspirou e criou um programa próprio. Em 2019 começou a investigar que tecnologia usar. De início optaram pelo processo de locação com serviço de formação e suporte. Hoje estão fazendo compras.

“Investimento em tecnologia muitas vezes não gera retorno porque não focam na formação do professor. O próprio gestor tem medo de liberar os equipamentos e há salas que ficam fechadas”, disse Rubens Mandetta, secretário municipal de Educação de Bertioga.

“Tecnologia não é só software, hardware. É pessoa”, completou o secretário Rubens.

Um grande investimento para a formação docente focada no digital ganhou corpo em Bertioga em 2020, pouco antes da pandemia. A professora e hoje Coordenadora do Centro de Inovação da Secretaria Estadual de Educação do Estado de SP, Débora Garofalo, chegou a dar palestra para educadores da rede. Até o momento, pelo menos 700 educadores da rede municipal já foram formados.

“Tecnologia sem metodologia não funciona. Tem que fazer sentido para o professor”, orientou Samuel Guedes, diretor de tecnologia educacional da Secretaria de Educação de Bertioga.


Bett Brasil é o maior evento de educação e tecnologia na América Latina. Acontece de 10 a 13 de maio no Transamerica Expo Center, São Paulo. E nós, da Educação, estamos fazendo uma cobertura especial. Continue nos acompanhando. Clique aqui para ver nossa cobertura.


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Autor

Laura Rachid


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