Fundadora da Sua Escola Ideal, autora dos livros ‘Metaverso educacional’ e ‘Marketing escolar de bolso’. É gerente de marketing da Editora do Brasil
Publicado em 31/03/2022
O que vem à sua cabeça quando pensa em levar inovação para a sua escola? Este é o tema do novo artigo de Helena Poças Leitão
A impressão que tenho é que as pessoas relacionam inovação exclusivamente a novidades tecnológicas ou a inventar algo que ainda não existe. A inovação na escola pode sim estar ligada a esses dois fatores, mas ela é muito mais do que isso.
Na minha visão, inovar é pensar em novas formas para melhorar a eficiência nos processos da empresa, aprimorar serviços e produtos, dentre outras melhorias em coisas que já existem, mas que podem ser feitas de maneira diferente, com o objetivo de aumentar a lucratividade de seu negócio. Você pode tanto inovar na aplicação dos conteúdos em sala de aula com diferentes tecnologias como nos processos de matrícula de sua escola, por exemplo.
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Inovação significa fazer algo novo. Não é especificamente criar alguma coisa, e sim inovar em coisas que já existem.
Os exemplos mais observados de inovação nas escolas estão relacionados com a aprendizagem, como investir em novas metodologias e avaliações com o objetivo de melhorar a performance dos estudantes. Essas inovações estão ligadas diretamente à satisfação dos clientes. As escolas estão melhorando seus serviços e, com isso, conseguirão aumentar a taxa de retenção e captação de alunos.
É preciso estar sempre em busca de inovação? Bem, se você quiser que sua escola esteja sempre cheia de alunos, é preciso acompanhar as tendências educacionais e estar sempre se renovando, como em qualquer outro negócio.
Imagine uma escola que oferece um excelente serviço educacional, salas de aula muito equipadas e excelentes professores, porém “pecando” na comunicação com os pais. Essa escola utiliza o WhatsApp e bilhetes nos cadernos dos estudantes para falar com as famílias. Ela faz isso há três anos, e esse modelo não está dando certo. Estão perdendo alunos pois muitos pais estão insatisfeitos. A escola resolve, então, contratar um aplicativo específico para comunicação com os pais e percebe a redução dos seus problemas.
Este é um exemplo simples e muito comum entre as escolas. E sim, esta é uma inovação para a escola. Ela identificou um problema e aplicou algo que já existia de modo diferente a fim de resolver a situação.
A escola que não coloca como prioridade a inovação pode colher problemas grandiosos – e, muitas vezes, irreversíveis – no futuro.
A inovação sempre garante melhores resultados? Não necessariamente; é preciso avaliar cada inovação implementada, investir em pesquisas e identificar se as decisões tomadas ou os novos serviços desenvolvidos estão alcançando os objetivos traçados. Senão, a alternativa será repensar caminhos.
Outra dúvida frequente é o valor do investimento para ser uma escola inovadora.
Enxergue a inovação como algo simples e acessível que trará benefícios não só para a instituição de ensino em si, mas também para toda a comunidade escolar (estudantes, famílias, docentes, funcionários, entre outros).
Os recursos da sua escola não devem ditar o tamanho da sua vontade em inovar. É possível encontrar soluções diferentes e criativas com baixo ou nenhum investimento. Tudo depende do momento da sua instituição de ensino, claro.
A inovação deve estar no dia a dia. Quando se deparar com um problema ou quiser melhorar seus serviços, minha sugestão é sempre se perguntar: “Como posso resolver essa questão de maneira inovadora?”. Parece uma dica boba, mas não é.
Tente aplicar esse exercício mental de acordo com a situação de sua escola e depois me conte como foi. É um jeito fácil de incentivar a sua criatividade e implementar a cultura de inovação em sua instituição de ensino.
*Helena Poças Leitão é fundadora da Sua Escola Ideal, autora do livro Marketing escolar de bolso e gerente de marketing da Editora do Brasil