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Bett Brasil

Feedback no ambiente escolar pede parceria em equipe

Silvana Tamassia, doutoranda em psicologia da educação, ressalta as maneiras que os coordenadores podem lidar durante um feedback ao docente

Publicado em 09/05/2023

por Leticia Scudeiro

Quando as pessoas entram na rotina e normalizam alguns pontos, geralmente é preciso alguém de fora para tirá-las da zona de conforto, do automático. O feedback pode ser visto dessa maneira, sendo uma forma de avaliação. Com mais de 30 anos de atuação na área educacional, Silvana Tamassia é doutoranda em psicologia da educação e já foi professora da educação básica e superior. Ela estará presente em um painel da Bett Brasil* com mais duas especialistas hoje, 9, às 11h, e falará sobre a utilização do feedback como ferramenta de desenvolvimento do trabalho docente, como se preparar para dar esse retorno e ainda desmistificar o receio que as pessoas têm com essa prática.


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Feedback em sala de aula

“O feedback não é uma lista de coisas negativas, mas questões e sugestões que podem ajudar a pensar e a fazer melhor. Há uma ideia do feedback só para achar problema”, ressalta Silvana.

Para a doutoranda, é necessário criar um planejamento e estar presente no dia a dia do professor. Designar o coordenador para observar as aulas e assim conseguir contribuir de uma melhor forma para o feedback.

“Para dar um feedback há alguém, é preciso acompanhar o que a pessoa está fazendo, acompanhar a aula. No caso da escola é o coordenador. Quando a gente fala sobre observação de aula, as pessoas ficam receosas: ‘estou na minha aula e a pessoa vai dar palpite?’. Mas esse olhar para a sala de aula é um ponto importante porque senão o feedback para o professor não contribui. Onde está o trabalho do professor? Está na sala de aula. Então para dar um feedback que contribua é necessário também estar acompanhando essa aula, estar nesse espaço.”

feedback docente

Silvana Tamassia conquistou em 2007 o Prêmio Gestora Nota 10, concedido pela Fundação Victor Civita

 

Desafios do feedback

O fato é que é preciso saber trabalhar em equipe sem a postura de superioridade e estar aberto ao diálogo, o que ainda segue sendo um desafio, pois muitas vezes os educadores se sentem desconfortáveis em receber esse retorno e os gestores/diretores em dá-lo. Nesse caminho, Silvana explica que o primeiro passo para conseguir dar o feedback é construir uma relação de confiança com o corpo docente, até porque, o objetivo final é lapidar as aulas para os alunos aprenderem mais.

“Se a relação de confiança for estabelecida e o feedback não for apenas para criticar o professor, em geral, as pessoas começam a pedir. ‘Você precisa ir lá observar o que eu fiz essa semana’. ‘Olha isso aqui e me dá um feedback?’.’

Ela também orienta que esse coordenador tem que estar atento se a sua fala dialoga com a sua prática: não adianta indicar alternativas de melhoria se essa pessoa ‘avaliadora’ faz a mesma coisa. Desse modo, o professor tende a pensar: “’como acreditar que a sugestão que ele trouxe é boa se nem ele pratica?’’’.



*A Bett Brasil é o maior evento de educação e tecnologia na América Latina. Acontece de 9 a 12 de maio, no Transamerica Expo Center, São Paulo. E nós, da Educação, estamos fazendo uma cobertura especial. Clique aqui para ficar por dentro de tudo.

Nossa cobertura jornalística tem o apoio das seguintes empresas: Epson, FTD Educação, Santillana Educação, Skies Learning by Red Balloon e Somos Educação.



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Autor

Leticia Scudeiro


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