Bárbara Carine é idealizadora da Maria Felipa, localizada em Salvador, Bahia, reconhecida como uma escola afro-brasileira. Carine também é doutora em ensino de química, professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e escritora finalista no Jabuti 2021/2022

O evento da revista Educação, Escolas Mais Admiradas, contará com a presença de Bárbara Carine no painel Como ser um educador(a) antirracista. Será em 19 de junho, na Fecap, capital paulista.

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Bárbara Carine e a educação antirracista

Como ser um educador antirracista: para familiares e professores e Querido estudante negro, ambos da editora Planeta, estão entre algumas obras da professora da UFBA.

No primeiro, Bárbara Carine traz um panorama histórico do racismo no Brasil e destaca alguns caminhos para enfrentar esse problema.

“Não pensamos em práticas pedagógicas que problematizam o privilégio branco no âmbito da ERER [educação para as relações étnico-raciais] porque pessoas brancas não são racializadas. Por mais que a branquitude tenha criado o conceito de raça, essas pessoas se veem e se projetam no lugar de ‘ser genérico’ de ‘sujeito universal’; elas em si são a representação do ser humano; racializados são os outros, os afastados da humanidade padrão, são ‘os menores’, os ‘menos humanos’. Há quem diga que isso é um grande mimimi, mas não é. É mimimi só para quem se beneficia do racismo e tem fascínio pelos seus privilégios”, destaca a autora em um dos trechos do livro.

Já em Querido estudante negro, livro inspirado nas vivências de Bárbara, o protagonista e um amigo trocam cartas que abordam temáticas presentes no cotidiano de crianças negras.

“…Lembro quando a gente foi na praia, você disse que andava sempre com a mochila bem fechada para não plantarem nada de errado nela. E a sua mãe remendava: “não corra à toa também não, hein? A gente vai pro mercado e você não me abra a bolsa lá dentro. Não é para tocar em nada, fica com as mão sempre à mostra na saída”. Quanta regra pra lembrar, né? Fico cansada”, escreve Bárbara Carine em sua obra.

Escolas Mais Admiradas

O evento Escolas Mais Admiradas Admiradas acontece em 19 de junho, na Fecap, das 8h às 18h. Além da presença de Bárbara,:

–José Pacheco, criador da Escola da Ponte, Portugal, participará do painel Como fazer novas construções sociais de aprendizagem. Ele também lançará três livros.

–Débora Vaz, diretora pedagógica do Colégio Santa Cruz, SP, participará do painel A escola entre permanência e transformações.

–Ana Cristina Godoy e Marina Masella, professoras da rede municipal de São Paulo na EMEI Nelson Mandela, estarão no painel De EMEI Guia Lopes para EMEI Nelson Mandela — nasce uma comunidade educadora.

–O reitor do Instituto Mauá, SP, José Carlos de Souza Jr. estará no painel Formar jovens adaptados às inconstâncias do futuro

–Já a Uniu – Cia de dança apresentará La dança per um fio do coreógrafo José Perez, na modalidade ballet contemporâneo.

–Mediação por Andrezza Amorelli, mentora de inovação escolar. Além de outros palestrantes e painéis.

O valor do ingresso do evento Escolas Mais Admiradas inclui welcome coffee a partir das 8h, almoço e coffee. O encerramento será às 18h.

Os participantes receberão certificado de presença no e-mail de cadastro. Adquira seu ingresso por  R$89,90 + taxa (valor inclui welcome coffee, almoço e coffee break).

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