NOTÍCIA

Edição 302

Quando a escola dialoga com a sociedade contemporânea

Instituição se transforma e oferece aprendizagem 100% digital a partir do 8º ano, isso sem deixar de desenvolver competências socioemocionais e projeto de vida

Se o desafio da educação é integrar o digital na educação, o Colégio Sir Isaac Newton já avançou nessa etapa. Localizada na cidade de São Paulo, a escola começou em 2022 a implantação de um projeto para então oferecer às turmas a partir do 8º ano aprendizagem 100% digital. Entre as dinâmicas, está a abolição dos livros didáticos impressos, uma vez que o colégio entende que os livros didáticos são responsivos e estão no portal. Essa alternativa vem sendo tentada em vários países, e naturalmente a resposta virá da avaliação do aprendizado. Num mundo em transformação, Marcos Roberto da Ponte está otimista, afinal tecnologia é o habitat dessa geração, diz ele, que é o presidente da Associação Sir Isaac Newton, mantenedora do colégio. 

Durante a implementação dessa nova proposta, a escola direcionou seu trabalho não só para os alunos, mas também no auxílio aos professores, que passaram por uma nova formação para compreenderem o funcionamento do portal digital e assim orientarem os estudantes.  

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Otavio Augusto Moreira, diretor da escola, conta que os estudantes se tornaram mais participativos devido à inserção do ensino digital na instituição. “Como retorno, temos os resultados no desempenho dos nossos alunos nas aulas, nos vestibulares e nas Olimpíadas de Conhecimento. Além terem uma participação maior nas aulas, interagem muito mais entre eles e com os professores. Percebemos o desenvolvimento em relação às ferramentas digitais, chegando a um protagonismo real”, destaca.  

O diretor ainda reforça que a instituição investiu na criação de um ambiente de aprendizagem disruptivo, o Espaço Inovação, formado por um conjunto de salas e mobiliários que facilitam o desenvolvimento integral do aluno. 

Alunos

Otavio Augusto Moreira, diretor da escola, conta que hoje os estudantes se tornaram mais participativos devido à inserção do ensino digital (Foto: Colégio Sir Isaac Newton/divulgação)

Tecnologia e cuidado humano 

O Colégio Sir Isaac Newton diz que é possível abraçar a tecnologia digital sem esquecer do lado humano. “Nossa instituição é um organismo vivo e em constante modificação, com forte atuação no projeto pedagógico, no qual o aluno é o protagonista por meio do método sociointeracionista, aliado a uma estrutura física e tecnológica de ponta, o que nos torna referência no mercado educacional”, afirma o presidente Marcos Roberto da Ponte.  

Otavio Augusto enfatiza que a instituição se preocupa, para além da formação acadêmica, com o desenvolvimento socioemocional dos alunos. A formação acontece, por exemplo, com o suporte de materiais didáticos. Na educação infantil e fundamental 1, utilizam materiais para desenvolverem atividades práticas e lúdicas. Há recursos que também trabalham o projeto de vida e a atitude empreendedora. Já no fundamental 2 e ensino médio, existe integração de conhecimentos que visa preparar o aluno para a sociedade.  

Estudantes

O Colégio Sir Isaac Newton mostra que é possível abraçar a tecnologia digital sem esquecer do lado humano  (Foto: Colégio Sir Isaac Newton/divulgação)

“Nessa fase dos anos finais do ensino fundamental e no decorrer do ensino médio, desenvolvemos a integração dos conhecimentos tecnológicos, científicos, filosóficos, éticos e estéticos, objetivando a formação integral da pessoa e sua atuação na sociedade contemporânea. O resultado são indivíduos conscientes na construção de sua vida com liberdade, autonomia, responsabilidade e compromisso com o bem comum”, explica Otavio Augusto.  

Gestão escolar  

Para Marcos Roberto, presidente da Associação, mais do que nunca as escolas precisam se modificar. É preciso que antecipem o futuro, proponham situações e problemas para os alunos, e atuem como uma consultoria para os estudantes.  

Já os mantenedores e gestores devem “proporcionar estruturas adequadas e tecnologias inovadoras que realmente façam a diferença na vida dos alunos”, orienta Marcos Roberto. 

“Se as escolas tiverem a capacidade de serem curadoras competentes para os jovens, acredito que poderemos formar os sonhados cidadãos com as devidas habilidades e competências para o século 21”, finaliza o presidente.  

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