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Influenciadoras da educação firmam parceria

Roberta Bento e Taís Bento, mãe e filha, são especialistas na relação família e escola. Seus artigos, palestras e postagens no Instagram – a página delas possui quase 300 mil seguidores – vêm ganhando espaço entre os responsáveis pelas crianças e adolescentes, mas também entre […]

Publicado em 07/10/2022

por Laura Rachid

Roberta Bento e Taís Bento, mãe e filha, são especialistas na relação família e escola. Seus artigos, palestras e postagens no Instagram – a página delas possui quase 300 mil seguidores – vêm ganhando espaço entre os responsáveis pelas crianças e adolescentes, mas também entre escolas e empresas que atuam no segmento educacional. Possivelmente, porque as iniciativas do SOS Educação estão pautadas em estudos e experiências, sem desassociar do carinho que elas possuem pelo setor.

E é diante do empenho em comum da Plataforma Educação e de Roberta e Taís para a escola cumprir o seu papel social que anunciamos parceria com o intuito de expandir conteúdos e projetos voltados à educação básica. Acompanhe nossos sites e redes sociais e fique por dentro: www.revistaeducacao.com.br e Revista Educação nas redes sociais.  www.soseducacao.com.br e SOS Educação nas redes.

Roberta é graduada em letras, com especialização em formação de professores de línguas. Também é especialista em aprendizagem baseada no funcionamento do cérebro e em aprendizagem cooperativa.

Pedagoga, Taís também é especializada em aprendizagem baseada no funcionamento do cérebro e aprendizagem cooperativa.

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Leia: SOS Educação: como o gestor pode administrar seu tempo e assim mover a escola

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Confira a entrevista que fizemos com mãe e filha.

Vocês defendem a importância de olhar para o aluno, acreditar e respeitar o tempo de aprendizagem de cada um. Que conselho podem dar para coordenadores que buscam criar junto a professores um ambiente verdadeiramente inclusivo?

Um bom ponto inicial é lembrar que, dentro de uma escola inclusiva de fato, dificilmente um professor vai sentir falta de apoio para os desafios que certamente irá enfrentar. Quando a inclusão faz parte dos pressupostos básicos da escola, a formação dos professores, e de toda a equipe que trabalha na escola, será um contínuo desaprender e aprender novamente. 

Quando a equipe de coordenadores consegue manter um clima de suporte e sentimento de equipe, as dúvidas são compartilhadas pelos professores, sem medo de serem julgados a partir do que não estão conseguindo fazer ou das frustrações que fazem parte desse processo. É na coordenação que nasce o sentimento de que os alunos não são de um professor, mas de toda a escola, sempre.

Diante de experiências que vocês têm em escolas e empresas que atuam com educação, quais habilidades gestores e gestoras precisam ter frente a esse mundo dinâmico? Onde tirar suporte para se aperfeiçoarem? 

Comunicação é sem dúvida uma das habilidades fundamentais para o gestor escolar. Muitos dos conflitos e situações de estresse que acontecem dentro de uma escola têm sua base em falhas no processo de comunicação. E isso vale tanto para a comunicação com a equipe, internamente, como, e especialmente, com as famílias que fazem parte da comunidade escolar. 

Resolução de problemas e habilidades de mediação também fazem parte das competências que vão tornar a escola um espaço mais harmônico, visto que dentro desse leque está também a capacidade de antecipar problemas e não esperar que conflitos eclodam para que sejam resolvidos.

Flexibilidade e habilidade para estabelecer prioridade, junto com a tranquilidade necessária para delegar tarefas e formar equipes coesas, também fazem parte de um amplo leque de competências necessárias para a gestão em tempos tão desafiadores!

E a sugestão que deixamos para os gestores é não tentar enfrentar tantos desafios sozinho: formar parcerias é fundamental para o sucesso da gestão escolar.
SOS Educação
Roberta e Taís, criadoras do SOS Educação: “que nossas crianças e adolescentes encontrem na educação o caminho para o futuro que sonharem construir”
Foto: Amanda Gaspar

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Leia: Como o cérebro aprende e a importância de lidar com as emoções

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Ambas são especializadas em aprendizagem baseada no funcionamento do cérebro. O que chamou a atenção de vocês durante o curso? 

Um dos momentos mais impactantes para nós foi descobrir que a neurociência conseguiu comprovar, a partir de diversas pesquisas, que eu, Roberta, sou o resultado da parceria família e escola, mesmo quando esses estudos ainda não existiam. Tive sorte de ter nascido dentro de uma família que sempre manteve o foco em meu potencial, e não na minha deficiên­cia. Apesar das sequelas de uma paralisia cerebral que tive no momento do nascimento e de ter sido rejeitada pela primeira escola em que meus pais tentaram me matricular, consegui superar todos os desafios que enfrentei. 

A neurociência cognitiva mostra que a expectativa positiva que família e escola passam para um aluno em relação à capacidade que ele tem de superar desafios de aprendizagem gera um enorme impacto para a criança e adolescente.

 O que é uma aprendizagem cooperativa? Conhecem escolas ou iniciativas que atuam com esse princípio? Quais?

Desde 1987, os pesquisadores David Johnson e Roger Johnson coordenam o Instituto para Aprendizagem Cooperativa, que fica dentro da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos. Os irmãos Johnson conseguiram comprovar que a forma como os professores organizam e estimulam as interações entre os alunos durante as aulas gera enorme impacto no quanto esses alunos conseguem se motivar para aprender e nos resultados da aprendizagem. Além disso, a forma como os alunos interagem afeta também o sentimento que os estudantes desenvolvem em relação à escola, aos professores, aos colegas e, especialmente, na própria autoestima.   

Na prática, descrita de forma bem simples, a aprendizagem cooperativa propõe, por meio de estruturas cuidadosamente criadas para cada etapa da aula, que os alunos possam estudar e aprender em equipe, com foco em atingir objetivos comuns.

Em um processo de aprendizagem em grupo, há quatro características que, invariavelmente, se apresentam: estudantes competindo entre si; algumas duplas eventualmente colaborando; resultado individual no aprendizado e na nota e, o fator que fica mais aparente, alguns “trabalham”, outros esperam.

Na aprendizagem cooperativa, o cenário é totalmente diferente: o sucesso de cada um depende do esforço da equipe; o objetivo de cada atividade é sempre compartilhado entre todos; o resultado final é compartilhado entre os membros e prevalece a mentalidade de “um por todos e todos por um”.

Infelizmente, ainda existe pouquíssima referência sobre aprendizagem cooperativa em língua portuguesa. Taís e eu fomos alunas dos irmãos Johnson ao longo de quatro anos de curso na Universidade de Minnesota.

Escute nosso episódio de podcast:

Autor

Laura Rachid


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