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Jornada Bett Online

Com a pandemia, “ficou claro que o aluno é nativo digital “

Diretora de relacionamento da Conexia, Erika Lino acredita na transformação digital como potencializadora da aprendizagem principalmente para estimular os estudantes

Publicado em 14/05/2021

por Redação revista Educação

Diversos especialistas concordam que uma transformação digital eficaz nas escolas reflete também em uma mudança cultural dos membros escolares, o que inclui, principalmente, professores e famílias. Erika Lino, diretora de relacionamento da Conexia Educação, rede composta por mais de 400 escolas e 150 mil alunos de diversas regiões do país, concorda com essa percepção, e acrescenta que é preciso estar de olho também nas dificuldades de operação, uma vez que, por exemplo, educadores passam a ter que manusear diferentes ferramentas.

Com a pandemia, é fato que essa transformação se intensificou. “O que antes era visto como tendência virou necessidade”, lembra Lino sobre os recursos digitais que possibilitam aulas síncronas e assíncronas, bem como a aplicação do ensino híbrido. A diretora da Conexia afirma que as escolas da rede antes mesmo da pandemia já estavam familiarizadas com recursos digitais e o que foi e está sendo feito é uma ampliação das ferramentas com foco, principalmente, em integrar as soluções para facilitar o acesso entre professores e alunos.

Leia: Saúde mental e as habilidades socioemocionais dos professores

transformação digital

Foto: Freepik

Para a educação híbrida, a Conexia possui uma plataforma integrada e que oferece trilha de aprendizagem aos meninos e meninas. “Não temos o digital como complemento, temos o digital integrado. O impresso é complemento e não o contrário”, afirma, que completa: “não acredito que vamos voltar a um mundo muito diferente pós-pandemia. Porque ficou claro que o aluno é nativo digital. Quando a gente coloca conteúdo dentro de seu smartphone ele é motivado, facilita, tem a linguagem dele porque tudo na vida dele está no celular”.

Integração e proximidade

Sobre metodologias ativas, a diretora de relacionamento critica que o mercado concorrente costuma digitalizar o conteúdo, no caso, pegar material do livro, fazer PDF e colocar na plataforma. “Na Conexia não é assim. Temos, efetivamente, atividades integradas e ativas no smartphone. No meio da aula uma atividade é jogada para dentro do smatrphone do aluno para instigar à reflexão. Isso traz interatividade para a aula”, explica. A rede também possui parceria com o Zoom que possibilita dentro de sua plataforma videochamadas com subgrupos e oferece ainda uma documentação com informações dos estudantes que estavam presentes.

Uma prática que surgiu na pandemia e que Erika Lino afirma que vai perdurar são as resoluções de atividades por videochamadas. Antes o aluno precisava esperar o dia do plantão presencial para tirar sua dúvida, mas até chegar a data a questão às vezes era esquecida. “Aí você vai dizer que ele poderia se aprofundar no YouTube, mas como ele filtra qual o melhor conteúdo e qual o correto? Além disso, sabemos que uma plataforma aberta tira o foco do estudante.”

Tecnologia como meio

Defensora do universo digital, a diretora sabe que educação inovadora não está estritamente relacionada ao uso da tecnologia, uma vez que recursos tecnológicos são um meio para a construção da jornada de aprendizagem. “Inovação vem por meio da tecnologia, mas não é só isso. Metodologias de ensino e as propostas pedagógicas também precisam ser inovadoras e renovadoras”, diz.

A saber, nesse período de isolamento social, as formações e encontros online conseguiram apoiar e escutar os educadores da rede. Há reuniões com escolas de diversas regiões do país em que os participantes relatam suas experiências e acabam fazendo trocas pedagógicas. Para exemplificar, foi promovido um encontro online entre escolas sobre alfabetização e letramento, em que professores falaram como estavam conduzindo as aulas e apresentaram técnicas para dar continuidade.

Bett Educar

A Conexia é uma das patrocinadoras da 2ª Jornada Bett Online (um dos principais eventos educacionais do país), que ocorre de 11 a 14 de maio, com a participação de mais de 30 palestrantes e oficineiros. Este ano a rede leva para a Jornada seu lançamento voltado ao Novo Ensino Médio e adequado à BNCC (Base Nacional Comum Curricular). Também está destacando sua solução de educação socioemocional 100% digital e com trilha para o professor, uma vez que a pandemia pede ainda mais atenção à formação integral. Essa trilha, chamada de My Life, segundo Lino, respeita a autonomia e criatividade do professor.

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Redação revista Educação


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