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Gestão

Inovar é fundamental para escolas do futuro

Painel em último dia da Jornada Bett Online discutiu conceitos de inovação disruptiva, simplificação de soluções tecnológicas para a sala de aula e alertou educadores sobre a necessidade de se abrir a esse universo

Publicado em 17/05/2021

por Redação revista Educação

Domingos Sávio Alcântara Machado, mestre em ciência da computação e diretor de inteligência competitiva do Grupo Tiradentes de Educação, juntamente com Romero Tori, professor associado da escola politécnica da USP, conduziram painel sobre inovação com tecnologias disruptivas em último dia da 2ª Jornada Bett Online, na última sexta-feira, 14.

Dada as atuais circunstâncias, não por acaso, alguns dos principais motes desse encontro de quatro dias foram tecnologia e educação híbrida. Machado e Tori chamaram a atenção dos educadores à necessidade de eles se abrirem e se interessarem cada vez mais pelo universo tecnológico. Contudo, isso não deve ser uma ação de mão única: as ferramentas digitais para a escola precisam ser tão simples para o professor quanto usar uma lousa.

Leia: Design de aprendizagem: professor como arquiteto da educação

inovar escola

Foto: Envato Elements

Inovação deve trazer simplificação, mas exige adaptação

“Para nós que desenvolvemos tecnologia, é comum ouvir falar que o professor tem resistência a usar certas ferramentas. Mas será que é meramente resistência por parte do profissional ou essas tecnologias ainda não estão prontas para a sala de aula?”, indagou Domingos Sávio. O especialista seguiu afirmando que agora que o ensino híbrido é uma realidade, é preciso não somente desenvolver tecnologias que facilite o ofício do professor e otimize a forma como estudantes estão aprendendo, mas que também é necessário investir na capacitação do professor que agora se vê como um produtor de conteúdo, um youtuber.

“A mídia mais antiga que conhecemos para aplicação de metodologias de ensino, é a sala de aula. É preciso perceber o que funciona nela e que pode ser transportada para novas mídias,” Disse Tori ao falar que se fosse perguntado antes da pandemia para educadores e estudantes se eles gostariam de ter um sistema de aula por meio do virtual como estamos vivendo hoje, talvez fosse impensável para grande parte. “Tanto alunos quanto professores perceberam os benefícios do virtual e que é possível ensinar e aprender remotamente”, argumentou.

“A melhor forma de prever o futuro, é criá-lo”

Tori relembrou ainda que tão logo nos vimos obrigados a lidar com o modelo remoto, boa parte dos educadores não possuíam o know-how, mas acabaram se adaptando. Do mesmo modo acontece com outras formas de inovação e a classe deve estar aberta a essas transformações, confiantes de si e que inevitavelmente acabarão dominando ferramentas que já farão parte das escolas num futuro bem próximo.

Domingos Sávio finalizou sua fala dizendo que as escolas também devem abrir mais espaço para inovar e que para isso, não é necessário ser possuidora dos melhores recursos; apenas cabe à instituição descobrir sua vocação nessa caminhada rumo a um futuro que já está acontecendo. “Cabe à escola saber se o seu papel é criar inovação, se é ser a primeira a experimentar um novo modelo, se vai seguir a massa ou se vai ficar presa ao antigo modelo tradicional”, provocou.

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Redação revista Educação


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