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Arte e Cultura

Estudar tanto pra quê?

Drama francês Primeiro ano aborda a batalha intelectual do vestibular

Publicado em 07/06/2019

por Sérgio Rizzo

primeiro-ano-filme Vincent Lacoste e William Lebghil estão em Primeiro ano

Democracia, disse certa vez o britânico Winston Churchill, “é o pior dos regimes políticos, mas não há nenhum sistema melhor do que ela”. Foi uma eleição democrática, por sinal, que surpreendentemente tirou Churchill do poder em 1945, logo depois da II Guerra Mundial. Como primeiro-ministro, ele havia liderado a resistência britânica ao nazismo, mas as urnas consagraram a oposição. Há quem diga dos vestibulares quase a mesma coisa: não são um bom sistema, mas não existiria sistema melhor para controlar o acesso ao ensino superior.


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Será mesmo? O drama francês Primeiro ano, em cartaz nos cinemas e em breve disponível nas plataformas de streaming, ajuda a notar que os vestibulares são muito bons para mostrar quem é bom em fazer vestibular, a um custo emocional (para os que participam do processo, direta ou indiretamente) e social elevado. A situação do filme é característica do ensino superior francês, mas guarda semelhanças com os nossos exames. Em uma faculdade pública de saúde em Paris, as notas do primeiro ano estabelecem o ranking de escolha das carreiras. Quem não obtém a média necessária para o curso desejado pode mudar de opção, ou então insistir na escolha inicial e repetir o ano para estudar mais.

Antoine (Vincent Lacoste, de Conquistar, amar e viver intensamente) está em sua terceira tentativa para fazer medicina, a carreira mais concorrida. Como veterano de primeiro ano, torna-se mentor do novato Benjamin (William Lebghil, de Assim é a vida), filho de médico. À medida que o ano letivo avança, as tensões colocam à prova a amizade, a solidariedade e os sonhos de cada um. O diretor e roteirista Thomas Lilti fala do que conhece: fez medicina e usou a experiência anteriormente em Hipócrates (2014), também com Lacoste, e Insubstituível (2016).

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Sérgio Rizzo


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