Por Eline Cavalcanti*: Vivemos em um mundo em transformação. Que muda numa constância que se torna cada vez mais difícil acompanhar e para as escolas esse é um grande desafio. E é exatamente nesse ponto que ela precisa estar atenta. Mais do que nunca, a […]
Publicado em 21/06/2022
Por Eline Cavalcanti*: Vivemos em um mundo em transformação. Que muda numa constância que se torna cada vez mais difícil acompanhar e para as escolas esse é um grande desafio. E é exatamente nesse ponto que ela precisa estar atenta. Mais do que nunca, a escola do futuro precisa estar apta a preparar os seus estudantes para o “desconhecido”. Sim, isso pode nos causar medo e estranheza, o desconhecido desse futuro mutável e dinâmico faz isso, mas é que precisamos entender que, à parte aos testes de ingresso ao Ensino Superior, as carreiras estão em profunda transformação.
A forma de trabalhar, com mais flexibilidade, em qualquer lugar, também são pontos que precisam ser desenvolvidos desde cedo. Como preparar crianças e jovens para carreiras que ainda não sabemos? Mais do que recursos tecnológicos, as escolas de hoje e do futuro precisam ensinar como ter disciplina com flexibilidade, empreender com poucos recursos, usar a criatividade para solucionar problemas, executar processos criativos. O investimento prioritário nas escolas deve ser em tecnologias que suportem esse aprendizado e gerem dados, muito mais do que mobiliário, sala de aula, quadros.
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Os dados estão em todos os lugares. Todas as nossas ações podem virar um dado. Estamos gerando dados o tempo todo, do momento que tocamos num dispositivo móvel, que lemos notícias, que colocamos o despertador, enfim, do acordar ao dormir, geramos dados o tempo inteiro. Mas eles precisam ser refinados e otimizados por tecnologias que aproximam as casas da rotina escolar, que se adaptam ao aluno e à rotina dos pais, que consideram a individualidade, as relações sociais e com dados que gerem indicadores que margeiam esse processo de aprendizado. Por meio de dados, conseguiremos ser mais estratégicos em uma aprendizagem mais individualizada e personalizada que ajude crianças e jovens a serem mais protagonistas da sua aprendizagem e, assim, terem habilidades necessárias para encarar esse “desconhecido”. Será estimulando a eficiência da maneira em que se aprende que conseguiremos o caminho ideal para um futuro com um bom uso desses dados.
Informação é o ativo mais valorizado do mundo moderno, não à toa. É com esses dados que entendemos padrões e comportamentos não possíveis de serem mapeados num passado próximo. Quando o despertador era analógico, por exemplo, quem sabia a hora que você acordava? E saber a hora que você acorda é importante, pois é a melhor hora para você receber um anúncio de cereais, de academia, de café. Esse é um exemplo simples da complexa análise de dados, consumo e tendências que conseguimos realizar atualmente. Os benefícios estão exatamente na comunicação e na individualização de ações que têm maior impacto do que qualquer orientação massificada. Conhecer você e associar com grupos de pessoas com padrões parecidos, faz com que as marcas produzam até mesmo produtos mais apropriados às necessidades do que nunca anteriormente.
E da mesma maneira que os dados proporcionam um olhar mais individualizado em contextos de padrões e consumo, para a educação temos um universo de oportunidades a serem exploradas. Mapear comportamentos, no sentido de oferecer conteúdos mais apropriados a um grupo ou indivíduo, só é possível a partir de uma análise criteriosa de dados. Identificar quais dados queremos coletar, para qual propósito, e que ações podem ser tomadas a partir disso, é o foco dessa escola do futuro que margeia as competências da Literacia de Dados. Essa análise e aperfeiçoamento constante de indicadores, com ações claras, é como daremos forma ao aprendizado para o futuro.
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