Uma temporada na França. (Crédito: Divulgação)
Em 18 de dezembro do ano passado, quando se celebrou mais um Dia Internacional do Migrante, a Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que existem hoje cerca de
258 milhões de migrantes – pessoas que deixaram seus países de origem para tentar a sorte em outro país ou mesmo continente. O Banco Mundial estima que, em 2017, eles foram responsáveis por remessas no valor de US$ 596 bilhões.
E os refugiados, aqueles forçados a se deslocar? Em 2016, totalizaram 65,6 milhões, dos quais 10,3 milhões se viram nessa situação pela primeira vez, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur). Diversos filmes realizados nos últimos anos abordaram o tema dos migrantes e dos refugiados, mas poucos com a dimensão humana de
Uma temporada na França.
Escrito e dirigido por Mahamat-Saleh Haroun, natural do Chade (que fica na área de transição entre a África árabe e a negra) e radicado na França, o filme acompanha os percalços de uma família de Bangui, a capital da República Centro-Africana. Desde 2013, o país está em guerra civil por causa de confrontos entre milícias muçulmanas e cristãs. Cerca de 20% da população precisou abandonar suas casas. O Brasil passou a integrar, em 2018, a missão de paz da ONU no país.
Os personagens de
Uma temporada na França são dois irmãos, professores, que se instalam em Paris; um deles, com a morte da mulher durante a fuga, precisa também cuidar dos dois filhos. O que lhes acontece no exílio forçado envolve preconceito, incompreensão e barreiras legais, mas também solidariedade – ainda que não em dose suficiente para eliminar o seu drama, especialmente doloroso no que diz respeito às crianças.
Leia também:
http://www.revistaeducacao.com.br/com-amor-simon-tem-trama-leve-e-afirmativa/