NOTÍCIA
Entidades formadas por educadores são contra reforma por meio de medida provisória
Publicado em 03/10/2016
“Não aceitamos o método autoritário utilizado pelo governo e não concordamos com o conteúdo do projeto”. Essas são palavras do manifesto de entitades de professores contra a alteração no ensino médio implementada pelo governo Temer como medida provisória.
O documento é de autoria da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) e demais entidades associadas, que assinaram o manifesto em webconferência na cidade de São Paulo, no último dia de setembro.
A principal crítica está centrada na própria medida provisória, que é mais rápida que uma proposta de lei, mas não tem debate com a sociedade. Outro problema, segundo o manifesto, seriam o fim da obrigatoriedade para artes, educação física, filosofia e sociologia, que ficam agora dependentes da aprovação da BNCC.
Além disso, o documento posiciona as entidades participantes contra a contratação de professores por notório saber e a obrigatoriedade do ensino integral. “Tampouco se pode falar em escolas de tempo integral se persistem problemas básicos como a falta de infraestrutura”, aponta o texto.
A reformulação do ensino médio será debatida na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (4). A MP recebeu mais de 500 emendas de parlamentares, que buscavam alterar o texto original.