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Ensino Superior

A sete passos da inclusão

Saiba quais as principais barreiras enfrentadas pelas pessoas deficientes e como estar preparado para resolver o problema da falta de acessibilidade Ser uma instituição de ensino superior inclusiva significa estar apta a receber todos os alunos, com ou sem deficiências de natureza física, sensorial, intelectual […]

Publicado em 09/01/2014

por Ensino Superior

Saiba quais as principais barreiras enfrentadas pelas pessoas deficientes e como estar preparado para resolver o problema da falta de acessibilidade
Ser uma instituição de ensino superior inclusiva significa estar apta a receber todos os alunos, com ou sem deficiências de natureza física, sensorial, intelectual ou mental. Para isso, Romeu Kazumi Sassaki, consultor de educação inclusiva, enumera sete dimensões às quais as faculdades devem estar atentas para que se tornem acessíveis a todos. Confira:
1) Arquitetônica: eliminar todas as barreiras arquitetônicas que de alguma forma impeçam a livre e autônoma circulação dos alunos. Elas costumam existir nos seguintes locais: entrada da faculdade, espaços de circulação das pessoas, estacionamento de veículos, salas de aula, laboratórios, bibliotecas, sanitários, áreas de alimentação, ginásios esportivos e espaços de atividade física. Desníveis, passagens estreitas, falta de corrimãos em escadas, equipamentos que bloqueiam o caminho – como bebedouros e telefones públicos – e pouca iluminação para quem tem baixa visão também estão na lista de barreiras arquitetônicas.
2) Comunicacional: ofertar recursos apropriados, capazes de facilitar a comunicação, a alunos cegos, surdos ou com dificuldade para escrever ou digitar. São exemplos desses recursos o braile, destinado a cegos, e a língua brasileira de sinais (Libras).
3) Metodológica: alterar métodos e técnicas de ensino que excluam ou impossibilitem que qualquer dos alunos acompanhe as aulas. Os métodos de ensino e de aprendizagem devem adotar a teoria das inteligências múltiplas, substituindo o tradicional conceito de inteligência única (a nova teoria leva em consideração o aluno por inteiro).
4) Instrumental: muitas vezes, as barreiras metodológicas são acompanhadas de barreiras instrumentais, ou seja, de ferramentas e utensílios que impedem ou dificultam o seu uso por alunos com deficiência. Para eliminá-las, existem soluções de adaptação razoável e tecnologias assistivas, tais como anotações de aula (via internet e/ou tecnologia digital em salas de aula), procedimentos específicos para realizar provas de avaliação (como tempo adicional para realizá-las, por exemplo), ledores, formatos alternativos de comunicação escrita, softwares assistivos (Jaws, Dosvox, Virtual Vision, leitores de tela, ampliadores de tela etc.), tecnologias da informação e comunicação, entre outros.
5) Programática: há necessidade de revisar e atualizar todos os textos normativos (regimentos, estatutos, manuais, cartilhas, comunicados formais) para que nenhum deles impeça o acesso ou a permanência de alunos com deficiência.
6) Atitudinal: as barreiras atitudinais são as mais difíceis de serem combatidas. Trata-se de algo afetivo e subjetivo que envolve a eliminação de preconceito, desinformação ou informações errôneas por parte de professores, funcionários, coordenadores e alunos a respeito de estudantes com deficiência. Para eliminá-las, torna-se necessário realizar programas de sensibilização e de conscientização de todos os alunos, professores e funcionários periodicamente. Utilizam-se palestras, debates, depoimentos, exibição de filmes, exposição de fotos, realização de teatros, oficinas de confecção de cartazes e de outras formas de divulgação, como a musical.
7) Natural: em muitos campi, a própria natureza constitui uma barreira a alunos com deficiência. Há faculdades localizadas em terrenos onde a natureza faz parte do projeto arquitetônico, mas áreas de vegetação e mesmo rios podem servir de obstáculo à circulação de alunos cadeirantes, por exemplo. (Patrícia Pereira)

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