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No mundo da inteligência artificial, estudante precisa saber argumentar e pensar criticamente

Há um contexto tecnológico que avança em alta velocidade e uma educação que não acompanha esse processo, gerando, por exemplo, ‘proibições’ dentro da sala de aula. Os desafios são muitos e a educação midiática é uma maneira de desenvolver para a vida, da infância à […]

Publicado em 17/06/2023

por Laura Rachid

Há um contexto tecnológico que avança em alta velocidade e uma educação que não acompanha esse processo, gerando, por exemplo, ‘proibições’ dentro da sala de aula. Os desafios são muitos e a educação midiática é uma maneira de desenvolver para a vida, da infância à fase adulta, um comportamento com a tecnologia que não seja impulsivo, mas reflexivo. Ainda mais em tempos de inteligência artificial.


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Mariana Ochs, responsável por conteúdo e formações no EducaMídia — entidade referência no tema — e coautora do Guia da educação midiática (clique aqui para baixar gratuitamente), é uma defensora da tecnologia, inclusive inteligência artificial, na educação. Ela falou sobre o ChatGPT hoje, 17, no Museu do Amanhã, RJ, durante a programação do Festival LED*, organizado pela Globo e parceiros. Primeiramente, alertou os participantes sobre os problemas dessa inteligência e depois apresentou caminhos para utilizá-lo com os estudantes.

“O ChatGPT reproduz padrões de linguagem que viu em sua base de dados. Ele imita, mas não tem compreensão do que diz e não processa informações do jeito que nós fazemos. A linguagem é perfeita, só que pode apresentar desinformações e posicionamentos preconceituosos”, alertou Mariana Ochs.

Degradação da informação, viés ou reprodução de estereótipo e referências duvidadas foram outros pontos perigosos apontados. Mariana contou o caso de uma professora que recorreu à popular plataforma Canvas para uma imagem de criança negra e recebeu imagens de pessoas negras, mas também de macacos bebês pretos. Algo inaceitável e que mostra a falta de filtro da inteligência.

Mariana Ochs, da EducaMídia, destaca que a inteligência artificial reforça a necessidade de não priorizar a memorização em sala de aula
Foto: Laura Rachid/revista Educação

Argumentação e pensamento crítico, urgentes

Ainda assim, ela é favorável ao uso desses recursos digitais na sala de aula por entender que a inteligência artificial chegou para escancarar na área educacional a importância de trabalhar com os jovens a argumentação e o pensamento crítico, deixando de resumir o exercício escolar apenas em repetição e memória.


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“Pergunta de resumo de texto já deu. Temos que ir além e o ChatGPT vem para isso. Vejo professores o utilizando de maneiras interessantes. Conheço um que pede para os estudantes recorrerem ao Chat para um texto, só que eles devem identificar que parte desse texto foi bem-sucedida e a parte que não foi esse estudante precisa aprimorar”, contou Mariana para exemplificar maneiras de a reprodução ser deixada de lado durante as atividades escolares.

O modelo bancário tem como premissa o acúmulo de informações, só que em tempos de inteligência artificial, as necessidades são outras. “Questionar é o desafio dos tempos atuais”, destacou Mariana.

*Gratuito, o Festival LED acontece em 16 e 17 de junho no Museu do Amanhã e no MAR, Rio de Janeiro. A repórter viajou ao Rio a convite da Globo

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Laura Rachid


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