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Escolas e igualdade de gênero: conheça coletivos de professoras e alunas

Diante das reivindicações sociais, aumentam as atividades dentro das escolas que reforçam as discussões relacionadas ao universo feminino, como a igualdade de gênero, e que provem maior conscientização sobre o tema. No Centro Educacional Pioneiro, escola da zona sul de São Paulo, um grupo de […]

Publicado em 08/03/2023

por Redação revista Educação

Diante das reivindicações sociais, aumentam as atividades dentro das escolas que reforçam as discussões relacionadas ao universo feminino, como a igualdade de gênero, e que provem maior conscientização sobre o tema.

No Centro Educacional Pioneiro, escola da zona sul de São Paulo, um grupo de professoras criou o coletivo Mechas-se com a proposta de oferecer oficinas para os alunos refletirem sobre as desigualdades de gênero no campo da ciência, tecnologia, engenharia e matemática.


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“No final do ano passado, o coletivo feminino Mechas-se convidou a Nicole Aun, autora do livro Nomear para combater (ed. Atreva-se) e uma das fundadoras do Movimento Atreva-se, para realizar dinâmicas com as turmas do fundamental 2 e ensino médio, possibilitando a criação de espaços de diálogo com os alunos sobre as problemáticas que envolvem o patriarcado na nossa sociedade” diz Carol Puccini, professora de ciências.

coletivo igualdade de gênero na escola
Abertura do evento do coletivo Mechas-se, criado para alunas do Pioneiro para promover vivências e refletir sobre as desigualdades de gênero no campo da ciência, tecnologia, engenharia e matemática Foto: reprodução

Também é papel da escola discutir igualdade de gênero

Visando estimular a reflexão crítica sobre a desigualdade de gênero, foram propostos dois jogos de cartas aos alunos: “Nomear para combater” e “Histórias para quem dormir?”. Ambos os jogos possibilitaram a identificação de dispositivos patriarcais naturalizado nas histórias das princesas da Disney.

“A dinâmica funciona como aquele jogo ‘quem sou eu?’ em que você deve adivinhar quem é a personagem, no caso, a princesa por meio de perguntas propostas pelas criadoras da dinâmica. As perguntas levantam questões machistas, sexistas e de desigualdade de gênero relacionadas às vivências das princesas e que muitas vezes fazem um paralelo com o que as mulheres vivem na sociedade”, detalha a professora Carol Puccini.

A atividade faz parte de uma série de encontros e oficinas feitos especialmente para dar voz ao problema da desigualdade de gênero. Para 2023, o Mechas-se planeja dar continuidade ao trabalho com palestras e oficinas sobre o tema.


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Mais experiências

Na Escola Nossa Senhora das Graças, o coletivo feminista de alunas Eu não sou uma gracinha promove campanhas e atividades de conscientização durante o ano todo. Durante a pandemia, as estudantes conseguiram arrecadar mais de 10 mil absorventes que foram doados a mulheres do sistema prisional de São Paulo. Outro projeto do grupo é a venda de camisetas, broches e ecobags com desenho de alunas para arrecadar dinheiro para mulheres vítimas de violência doméstica.

O coletivo Vivas, da Carandá Educação, foi criado em 2015 por três alunas que sentiram falta de um ambiente onde pudessem discutir abertamente sobre o movimento feminista. O nome era coletivo feminista, mas em 2018 virou Vivas, uma homenagem à frase “viva nos queremos”, utilizada durante a mobilização de mulheres contra a violência doméstica que aconteceu na América Latina, em março de 2018.

O espaço é reservado para alunas discutirem temas como: o papel das mulheres na religião; o papel da mulher no ambiente doméstico; questões sobre a vida pública e privada; o que é feminismo; padrões abusivos, entre muitos outros.

Assista:

80,7% da gestão escolar é composta por mulheres

Autor

Redação revista Educação


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