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Rendimento dos professores é 30% menor em comparação com o dos demais profissionais com ensino superior
A baixa atratividade da carreira docente é um problema que precisa ser enfrentado no Brasil. Como diversas pesquisas já revelaram, os melhores alunos do ensino médio não querem ser professores, ao contrário do que acontece em países como Cingapura e Coreia do Sul.
Todavia, o desprestígio da carreira foi confirmado inclusive em pesquisa internacional. Aliás, entre todos os países analisados, o Brasil é o país que menos dá valor aos seus mestres, como mostrou o levantamento da Varkey Foundation (para saber mais clique aqui).
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Há uma série de fatores envolvidos nessa questão, e, sem dúvida, o salário é um dos principais. Decerto, o rendimento dos professores da rede pública não é compatível com o de outros profissionais com formação de nível superior.
Em 2018, os docentes de educação básica da rede pública receberam, em média, R$ 3.823,00 por mês. Em resumo, esse valor corresponde a 69,8% do salário médio das pessoas graduadas, como revela o Anuário Brasileiro da Educação Básica, publicado pelo Todos pela Educação e pela Moderna. Em comparação com as pessoas que trabalham nas áreas de Exatas ou Saúde, a defasagem chega a 50%.
Além do salário menor, muitos professores precisam trabalhar em mais de uma escola. Em média, 17,2% deles atuam em dois estabelecimentos de ensino. Nos anos finais do EF, no ensino médio e na Educação de Jovens e Adultos (EJA), essa taxa gira em torno de 30%.
O quadro, contudo, é negativo, porém, nos últimos sete anos, houve uma ligeira melhora de 6,4%. O estabelecimento de planos de carreira para os professores é uma das iniciativas que ajudam a melhorar o cenário. Grande parte dos municípios já adotou algum tipo de plano, mas 10% ainda não.
Na região Sul, esse percentual é de apenas 3,9%. No extremo oposto está a região Norte, onde 19,6% dos municípios não oferecem aos seus educadores uma previsibilidade legal para avanço na carreira e na remuneração.
Confira os dados abaixo:
Ferramenta promove competências tecnológicas dos professores