NOTÍCIA

Edição 242

Na faixa dos 15 aos 17 anos, quase 70% das meninas com filhos estão fora da escola

Taxa de abandono escolar é três vezes superior à do restante de jovens na mesma idade

Publicado em 19/09/2017

por Redacao

Educação em numeros1 Fonte: Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios)

As meninas de 15 a 17 anos com pelo menos um filho têm taxa de abandono escolar três vezes superior à do restante de jovens na mesma idade: 68% contra 22%. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo IBGE, havia 5,2 milhões de meninas nessa faixa etária em 2015 e em torno de 6% delas (ou 297,5 mil) eram mães de, no mínimo, uma criança. Destas, 203 mil não estavam mais estudando.
Analisando o histórico dessas taxas, observa-se que, em números absolutos, a soma de mães precoces na referida faixa etária está decrescendo: eram 379 mil em 2001 – queda de 27% em 14 anos, portanto. Porém, em termos proporcionais, a situação praticamente não mudou. Em 2001, elas representavam 7% do total.
Mas a evasão escolar, sim, está diminuindo. No período analisado, houve queda de 10 pontos percentuais – saindo de 78% para os atuais 68%. Isso indica que a ocorrência de gravidez nessa idade está nos mesmos patamares há anos, porém, menos meninas estão abandonando os estudos por esse motivo.

abandono escolar

Fonte: Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios)

Vale notar também a alta distorção idade-série nessa população. Mesmo com idade para estar no ensino médio, apenas 30% das que evadiram estavam nesse nível de ensino anteriormente. A maioria, 70%, estava no ensino fundamental antes de abandonar a escola. Em 2011, esse indicador estava na casa dos 92%.
A Pnad também revela que 33% das mães de 15 a 17 anos trabalham, indicador estável há alguns anos, embora já tenha alcançado a marca de 48% em 2005. Quanto aos rendimentos, observa-se um empobrecimento desse universo de meninas. Atualmente, 28% delas têm renda domiciliar per capita de ¼ do salário mínimo (a faixa mais baixa de rendimentos) e apenas 5% vivem com 1 a 2 salários mínimos. Em 2011, contudo, esses mesmos percentuais eram de 22% e 11%, respectivamente.
Na segmentação por raça, revela-se que a maioria das meninas (61%) são declaradas como pardas, característica que não se alterou ao longo do período analisado.
Fonte: Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios)

Fonte: Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios)

 
Fonte: Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios)

Fonte: Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios)

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