Ministério da educação (MEC) já recebeu 9,8 milhões de contribuições para reajustes na proposta de Base Nacional Comum Curricular
Ministério da educação (MEC) já recebeu 9,8 milhões de contribuições para reajustes na proposta de Base Nacional Comum Curricular. Ao menos 34 mil escolas e 200 mil pessoas, sendo 166 mil professores, já se cadastraram para contribuir com a versão preliminar do documento apresentada pelo MEC em setembro de 2015. As colaborações podem ser feitas até o dia 15 de março por meio da internet. Até o momento, ganharam destaque as críticas feitas à parte de história do documento.
Uma parcela dos especialistas avalia que o texto dá pouca ênfase à história da Europa, em especial à antiguidade e à revolução Francesa, por exemplo, e sobrevaloriza a história do Brasil, destacando a cultura negra e indígena, e a história da África. Em janeiro, membros da Associação Nacional dos Professores e Pesquisadores de História (ANPUH) se reuniram com representantes do MEC e garantiram espaço para a colaboração oficial da entidade no processo. Já no currículo de português, o principal problema apontado foi a pouca ênfase dada aos conteúdos de gramática depois do 3º ano do ensino fundamental. O MEC já reconheceu a pertinência dessas observações e adiantou que fará alterações no texto final.
Após a consulta pública, será elaborada uma segunda versão da proposta, a ser apresentada em abril. Para essa etapa, foram convidados 96 leitores críticos do documento que têm produção acadêmica reconhecida nacional e internacionalmente. Eles farão observações e sugestões ao texto, que também será discutido em seminários realizados pelas secretarias estaduais de educação e pela União Nacional dos dirigentes Municipais de Educação (Undime). O documento, que deve orientar escolas, redes e sistemas de ensino na construção de currículos e projetos pedagógicos, será finalizado até o dia 24 de julho. Depois, será encaminhado para revisão do Conselho Nacional de Educação (CNE).