Animação com massinha, cultura da infância e juventude e cinema foram usados em projetos ganhadores de prêmio sobre inovação na licenciatura
Fala-se muito sobre os novos modos de ensinar crianças e adolescentes na escola. Exemplos de projetos de educação básica inovadora não faltam. E na formação docente? Os cursos de licenciatura costumam ser pouco ousados e raramente fogem das tradicionais aulas expositivas com provas ao final do período. Para incentivar a inovação na formação de professores para a educação básica, a Fundação Carlos Chagas criou o Prêmio Professor Rubens Murillo Marques. Entre os contemplados deste ano, estão projetos que usam a animação com massinha e a cultura da infância para formar novos educadores.
O primeiro projeto vencedor foi “Produção de animações com massa de modelar: gaps cognitivos, protagonismo e autoria em sala de aula”, feito na Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) pela professora Ana Paula Bossler da Costa. Produzindo vídeos com a técnica do stop motion, os futuros professores puderam conhecem uma estratégia para diagnosticar dificuldades de aprendizagem, equívocos conceituais e gaps cognitivos.
O outro foi feito na licenciatura em Teatro da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), pela professora Marina Marcondes Machado. Chamado “Dramaturgias múltiplas e as culturas da infância e juventude: criação nos modos de aprender e ensinar na Licenciatura em Teatro”, o objetivo era dar ênfase à compreensão plural da noção de culturas da infância e juventude e valorizando os mundos de vida.
Entre as menções honrosas, a linguagem audiovisual também foi destaque. Os projetos são “Filmes como elementos motivadores para repensar o ensino de Biologia: contribuições de uma disciplina”, de Rosana Louro Ferreira Silva na Universidade de São Paulo (USP) e “Radioquímica – uma disciplina articuladora de conhecimentos pedagógicos e conhecimentos específicos na Licenciatura em Química”, de Tania Denise Miskinis Salgado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).