Incentivo à educação e qualificação profissional solucionariam desaceleração da economia da América Latina, segundo especialistas
A educação aparece como solução para o baixo crescimento econômico da América Latina na conclusão do relatório Perspectivas Econômicas para a América Latina 2015. O relatório foi divulgado na última terça-feira (9) pelo Centro de Desenvolvimento da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em parceria com a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) e o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF).
Neste ano, a América Latina teve o menor crescimento econômico dos últimos cinco anos – previsões do relatório marcam crescimento de 1% e 1,5% em 2014, bem menos do que em 2013 (2,5%) e 2012 (2,9%). Esse quadro tem que ser revertido por meio da “melhoria do padrão de educação, ampliação da formação de mão de obra e do incentivo à inovação”, de acordo com especialistas da OCDE.
Um dado presente no relatório revela que os alunos de ensino médio da América Latina têm 2,4 anos adicionais de educação quando comparados aos alunos dos países-membros da OCDE. Apesar do gasto brasileiro com educação (5,8% em 2010) estar acima da média latina (5%) e da região da OCDE (5,6%), a desigualdade do acesso à educação e a alta taxa de evasão escolar estão presentes no relatório como problemas a serem superados.