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Todos são sujeitos da história

O desafio é fazer com que professores e alunos entendam que saber história é saber narrar a si mesmo e ao outro numa perspectiva temporal

Publicado em 05/06/2013

por Redacao

A professora Maria Auxiliadora Schmidt, titular em Didática para a História na UFPR e coordenadora do Laboratório de Pesquisa em Educação Histórica (LAPEDUH), articulado ao Programa de Pós-Graduação da universidade, destaca entre as questões importantes hoje na matéria o trabalho de inclusão de todos como sujeitos da História. “Fazer com que as crianças e os jovens aprendam a sua própria história como parte da história universal é algo bastante rico, daí a relevância em selecionar e trabalhar conteúdos que tenham sentido e significados para os alunos. Também é desafiador fazer com que professores e alunos entendam que saber história é saber narrar a si mesmo e ao outro numa perspectiva temporal”, afirma.
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Na parte de formação de docentes, aponta como o grande entrave na licenciatura a divisão entre as áreas de pesquisa e docência, problema que, segundo ela, veio com o “nascimento” da graduação, em 1961, quando saiu a primeira lei regulamentando os cursos de história no Brasil. “Ali ficou determinada a separação entre formação do pesquisador e do professor, de maneira dicotômica. Isso perdura até hoje na maioria dos cursos. Seria importante pensar a função didática que a própria ciência da história tem e que não se pode separar a formação do historiador.”

Sobre a relação entre a disciplina, novas tecnologias e modalidades de aula (como o ensino a distância), a professora, que também é graduada em comunicação, conta que, gradativamente, estas ferramentas estão sendo incorporados à prática pedagógica. “Percebo duas direções: a primeira, mais simples, com os docentes aprendendo a usar as tecnologias da informação e da comunicação como recursos didáticos, com a adoção de tablets em sala, por exemplo”, ilustra. “Outra, mais complexa, é a de saber utilizar o conhecimento e as fontes históricas que estão na internet como referência para o trabalho nas concepções de aprendizagem e de ensino de história. Isso requer uma mudança maior”, diz.

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