NOTÍCIA
Com mais de 20 anos de experiência no setor — maior parte dele no segmento editorial —, o diretor-geral da FTD escreverá mensalmente suas visões sobre a área educacional, bem como tendências e aprendizados
Formado em biologia e matemática, foi a sala de aula que apresentou Ricardo Tavares à sua paixão: a educação. Contudo, acabou mergulhando em um outro segmento que não o chão da escola, o editorial. Com pós-graduação em marketing e vendas pelo Mackenzie, MBA em administração pela Universidade Positivo Curitiba e MBA em finanças pela FIA, foi gestor em grandes editoras. Hoje, com quase 25 anos de experiência no setor, é diretor-geral de uma das principais empresas educacionais do país, a FTD Educação, o que possibilita conhecer as realidades do ensino público e privado de diversas regiões brasileiras, inclusive as fora das grandes cidades. Nesta semana, Tavares estreia sua coluna mensal no site da Educação (sempre na terceira semana do mês), em que compartilhará sua experiente visão de negócios e gestão a respeito do setor, bem como reflexões sobre tendências e aprendizados.
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Em um país como o Brasil, repleto de problemas estruturais, Ricardo Tavares sabe que valorizar a formação dos professores é um dos pilares para uma transformação educacional com qualidade. Ele também enxerga a educação integral como crucial nesse processo.
“Não só com uma carga horária estendida, mas que considera a integralidade do ser humano. Um dos meus sonhos também é diminuir o distanciamento entre escolas privadas e públicas e quem sabe, podermos avançar expressivamente nos rankings internacionais, como o Pisa, por exemplo”, diz.
Desde 2018 lidera, com o seu atual time profissional, um projeto de transformação digital pautado no ensino adaptativo, que com a pandemia avançou ainda mais. Indagado se o período pandêmico o fez ressignificar algum pensamento ou atitude, diz: “sim, em vários aspectos. Todas aquelas competências que vínhamos lendo e discutindo antes da pandemia agora são reais, como: agilidade, colaboração, flexibilidade, senso crítico. Passamos por uma verdadeira mudança de mindset. A questão é comportamental e não só de tecnologia”, explica.
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Tavares se alinha a diversos especialistas quando afirma que o ensino híbrido — adotado durante o isolamento social — é um caminho sem volta. Nessa modalidade, o diretor-geral enxerga as plataformas digitais como grandes parceiras na sistematização do conteúdo. “De acordo com o nível de maturidade digital de cada instituição escolar, ele [ensino híbrido] será calibrado mais e mais daqui para frente. Não se trata mais de um diferencial, é uma necessidade. É preciso entender também que, nessa questão, não há uma fórmula pronta. Cada um vai adaptando o seu momento, o seu contexto e vai evoluindo. Só precisa estar aberto ao novo. As famílias, a escola e os professores vão evoluindo e cada um vai crescendo, a seu tempo. Uns mais acelerados, outros um pouco menos, recuperando o tempo, mas podendo se desenvolverem de forma mais escalável adiante”, esclarece.
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