NOTÍCIA
Quem você é ou quem você deseja ser enquanto pessoa, professor e pesquisador? Você já parou para pensar nisto? Se sim, ótimo. Se não, que tal tirar um tempinho do seu dia essas reflexões?
Por Monique Santos*
A partir desses questionamentos eu pude tomar consciência das influências e contribuições mútuas da docência para a pesquisa e vice-versa. Para exemplificar quais seriam as possíveis influências e contribuições, vamos utilizar como exemplo uma pessoa licenciada na área de Ciências (Biologia, Física ou Química) com experiência como professora na educação básica, e que tenha optado por seguir carreira acadêmica (mestrado e doutorado na área de Educação em Ciências) com o objetivo de ser tornar professora e pesquisadora e, consequentemente, contribuir na formação de futuros professores e desenvolver pesquisas que possam contribuir na área de Educação em Ciências.
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Assim, pensando no percurso formativo dessa pessoa, mais especificamente na experiência dela como professora da educação básica, ela pode ter mais facilidade em identificar: (i) quais tipos de atividade são mais adequadas para que ela consiga alcançar seus objetivos como professora e/ou responder suas questões de pesquisa como pesquisadora (pensando em pesquisas empíricas desenvolvidas em sala de aula); (ii) quais são as maneiras mais adequadas, em termos de metodologias de pesquisa na área de Educação em Ciências, para ela desenvolver determinados tipos de atividades; (iii) qual é a viabilidade de determinados tipos de atividade e/ou de maneiras de desenvolvê-las ao longo de um nestrado e doutorado (pensando no prazo de conclusão de cada um deles, dois e quatro anos respectivamente); entre outros. Portanto, fica evidente o quanto a docência pode influenciar e contribuir para a pesquisa e vice-versa.
Nesse sentido, gostaria de destacar o quão importante é, na medida do possível, conciliarmos a prática (docência) com a teoria (pesquisa). Isso porque é importante que nós (pessoas que acreditam e buscam por uma Educação em Ciências mais autêntica), enquanto futuros formadores de professores, conheçamos e saibamos falar sobre tal realidade. Caso contrário,
como iremos contribuir na formação de futuros professores e desenvolver pesquisas que promovam e alcancem uma educação científica mais autêntica?
*Profa. Me. Monique Santos, Faculdade de Educação – UFMG
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