IMS, MAE-USP e Memorial da Resistência promovem seminário gratuito em SP com a presença de Ailton Krenak e Casé Angatu nos dias 15 e 16 de fevereiro. Inscrições até 13 de fevereiro
Com o objetivo de fortalecer a voz dos povos indígenas e incluí-las de maneira não estereotipada e/ou apenas com a visão europeia nas salas de aula, o IMS (Instituto Moreira Salles), MAE-USP (Museu de Arqueologia e Etnologia da USP) o e Memorial da Resistência, organizam o seminário Questão indígena, os museus e a escola, que acontecerá em 15 e 16 de fevereiro, e que tem como público-alvo professores de educação básica e educadores.
A participação é gratuita, mas é necessário se inscrever até 13 de fevereiro pelo e-mail questaoindigena.prof@gmail.com.
No primeiro dia, o encontro acontecerá na sede do IMS, localizado na Avenida Paulista, das 10h às 18h e contará com a participação de Ailton Krenak — uma das principais lideranças indígenas do país e professor na Universidade Federal de Juiz de Fora — e de Thyago Nogueira, curador da mostra Claudia Andujar: a luta Yanomami, exibida no instituto.
Às 14h30 está prevista uma visitação guiada à exposição com as fotografias de Claudia Andujar e às 16h uma roda de conversa para os participantes refletirem sobre propostas pedagógicas para a escola e sobre a importância da preservação da memória fotográfica.
Vale ressaltar que a os Yanomami são um povo indígena localizados na fronteira amazônica do Brasil com a Venezuela. Para saber mais sobre a exposição e sobre Andujar clique aqui e leia nossa matéria.
Já no segundo dia que cairá no sábado, o seminário será no Memorial da Resistência, localizado na Santa Ifigênia. Às 10h haverá um debate com Casé Angatu Xukuru Tupinambá, liderança indígena de Olivença, Ilhéus (BA), escritor e doutor pela FAU-USP.
Atualmente, o Memorial da Resistência exibe a exposição Ser essa terra: São Paulo cidade indígena. Casé Angatu é um dos colaboradores da mostra e é sobre ela que ele debaterá. Às 14h30 haverá passeio pela exposição mediado pela curadora Marília Bonas.
Seguindo a proposta do primeiro dia, às 16h, haverá conversa com o público sobre as possibilidades de abordagens da questão indígena na sala de aula e no museu.
Seminário Questão indígena, os museus e a escola
15 e 16 de fevereiro
Das 10h às 18h
Evento voltado para professores da rede básica e educadores
Entrada gratuita
Inscrições até 13/2 pelo e-mail questaoindigena.prof@gmail.com.
Programação completa
15/2 – sexta-feira
Local: IMS Paulista
Avenida Paulista, 2424, São Paulo
11 2842-9120
10h00 às 12h30 – Debate – Sala de aula
Conversa com Ailton Krenac e Thyago Nogueira
14h30 – Visita mediada – Galerias 2 e 3
Educadores do IMS conduzem visita pela exposição Claudia Andujar: a luta Yanomami
16h – Conversa – Estúdio
Trocas e reflexões com educadores do IMS sobre possibilidades pedagógicas
16/2 – sábado
Local: Memorial da Resistência
Largo General Osório, 66, Santa Ifigênia, São Paulo
11 3335-4990
10h00 às 12h30 – Debate – Auditório
Conversa com Casé Angatu Xukuru Tupinambá, Marília Xavier Cury, Dirce Jorge Lipu Pereira e Susilene Elias de Melo
14h30 – Visita mediada
A curadora Marilia Bonas conduz uma visita pela mostra Ser essa terra: São Paulo cidade indígena
16h00 – Conversa
Trocas e reflexões sobre possibilidades pedagógicas com Maurício André da Silva
Sobre os participantes
Ailton Krenak
Uma das maiores lideranças do movimento indígena no Brasil. Em 2016, recebeu título honoris causa da Universidade Federal de Juiz de Fora, onde dá aulas de cultura e história dos povos indígenas, entre outras.
Thyago Nogueira
Curador da exposição Claudia Andujar: a luta Yanomami, coordenador da área de fotografia contemporânea do IMS e editor da revista ZUM.
Casé Angatu Xukuru Tupinambá
Uma das lideranças indígenas do Território Tupinambá em Olivença (Ilhéus, BA), autor de diversos livros, doutor pela FAU-USP. Participou do desenvolvimento da exposição Ser essa terra: São Paulo cidade indígena, no Memorial da Resistência.
Marilia Bonas
Historiadora, museóloga e coordenadora do Memorial da Resistência de São Paulo. Junto com Daniel Kairoz, é curadora da exposição Ser essa terra: São Paulo cidade indígena, em cartaz até o dia 22 de abril.
Marília Xavier Cury
Museóloga e educadora de museu, desde 1992 é docente em museologia no Museu de Arqueologia e Etnologia da USP. É professora no Programa de Pós-Graduação Interunidades em Museologia da USP.
Maurício André da Silva
Educador, arqueólogo e historiador, coordena os diferentes programas do Educativo do MAE-USP. Atuou com educação em museus em diferentes instituições de São Paulo.
Dirce Jorge Lipu Pereira
Pajé, líder do Grupo Cultural Kaingang, gestora do Museu Indígena Worikg, da Terra Indígena Vanuíre, em Arco-Íris, SP.
Susilene Elias de Mello
Assistente da pajé Dirce Jorge Lipu Pereira, líder do Grupo Cultural Kaingang, gestora do Museu Indígena Worikg, da Terra Indígena Vanuíre, em Arco-Íris, SP.
Livro recém-lançado abre espaço para indígenas relatarem suas lutas
Magda Soares: “eu nunca vi um período tão assustador como este de agora na educação”