A secretária-executiva do MEC, Maria Helena Castro
O Ministro da Educação, Mendonça Filho, defendeu a
flexibilização do currículo do ensino médio, ressaltando a valorização do “espírito federativo”. A fala foi feita durante
seminário do Instituto Unibanco sobre a educação pública realizado nesta quinta-feira (15). Segundo o ministro, as regionalidades e a diversidade brasileira devem ser valorizadas.
A flexibilização ganha força pelo adiamento da definição da Base Nacional Comum Curricular para a etapa, anunciado no final de julho, até que o Congresso Nacional defina o novo desenho para o ensino médio
(ou os novos, já que a proposta é que haja várias possibilidades de currículo).
A secretária-executiva do MEC, Maria Helena Guimarães Castro, em outra ocasião, defendeu o adiamento, justificando não ser possível definir o recheio sem a estrutura. Houve má receptividade por parte daqueles envolvidos até então com a construção direta do documento.
Por outro lado, a posição parece fortalecer as ideias defendidas pelo Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Educação (Consed),
adeptos de uma mudança mais radical da etapa, que teria apenas um terço de sua grade comum a todos os estudantes, segundo sua proposta.
O MEC promete apresentar substitutivo ao projeto do deputado Reginaldo Lopes (PT/MG), apresentado em 2013 com vistas à flexibilização. A nova proposta deve ser mais próxima à do Consed. Com a confirmação do impeachment, o governo acredita que pode passar o rolo compressor para aprovar seu intento. A verificar.