
Colégio Stance Dual, em São Paulo: prototipagem de uma residência sustentável e uma estação meteorológica | Divulgação
O objetivo da prototipagem é potencializar o aprendizado através da experimentação. O ato de errar é valorizado como parte do processo, o que estimula o estudante a superar suas dificuldades, já que sem chegar à formulação correta não é possível concretizar o projeto.
Grande parte desse desenvolvimento é feito nos Fab Labs — laboratórios de fabricação digital, ou laboratórios de prototipagem. Esses ambientes possuem máquinas, como impressoras 3D, fresadoras, cortadoras a laser, cortadoras de vinil, além de computadores, softwares e outras ferramentas que permitem a experimentação rápida, tanto física como digital.
Veja abaixo cinco dicas de como aplicar a prototipagem em sala de aula:
O que fabricar
A fabricação de peças simples e bonitas em laboratórios de prototipagem, como chaveiros, pode fazer com que os estudantes mais se sintam atraídos mais pela utilidade do produto do que se engajem no processo. Por isso, é importante que os professores elaborem uma proposta pedagógica mais complexa do que a “recompensa” final.
Como lidar com o laboratório
Os educadores devem se preparar para lidar com o comportamento dos alunos nos FabLabs, ambientes que proporcionam forte envolvimento e novos níveis de excitação e frustração que não são normais na experiência escolar tradicional.
O poder da interdisciplinaridade
Os limites artificiais entre as disciplinas são reconfigurados nos laboratórios de prototipagem, e isso deve ser previsto pela equipe pedagógica para ser explorado em todo o seu potencial.
Ciência na prática
O aprendizado das disciplinas de Stem (Ciência, tecnologia, engenharias e matemática, na sigla em inglês, as disciplinas mais ligadas às ciências exatas) proporciona um ensino contextualizado e que permite a conexão a temas do mundo além dos muros da escola; ideias abstratas ganham significados mais concretos.
Bagagem do aluno
Intelectualização e reavaliação de práticas familiares em vez de substituição de práticas já existentes: os alunos levam suas experiências anteriores para o laboratório, e elas são ampliadas com a tecnologia e a matemática. A flexibilidade dos equipamentos no makerspace cria um ambiente que permite múltiplas formas de trabalho.
Fonte: “Digital fabrication and ‘making’ in education: The democratization of invention” (Fabricação digital e o ‘fazer’ na educação: A democratização da invenção, em tradução livre), de Paulo Blikstein
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