Pesquisa feita em sete capitais revela que 70% dos estudantes conviveram com alguma violência no ambiente escolar no último ano
Publicado em 24/03/2016
Uma pesquisa feita pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), Ministério da Educação e Organização dos Estados Interamericanos (OEI) em sete capitais brasileiras descobriu que 42% dos alunos da rede pública sofreram alguma violência na escola no último ano.
Os estudantes que afirmaram ter sofrido violência física ou verbal totalizaram cerca de 20%. Desses, 65% apontaram como agressor um colega e mais de 15% alegaram que a agressão partiu dos próprios professores.
Entre os tipos de violência identificados na pesquisa, o cyberbullying aparece como responsável por 28% dos casos. Roubo e furto representam 25% dos casos e ameaças, 21%. Discriminação é uma realidade para 27% dos alunos: 19% apontaram o lugar onde moram como a fonte de discriminação; 18% sua raça ou cor. Entre os entrevistados, 71% declararam-se pretos e pardos.
Os professores são chamados para mediar apenas 14% dos conflitos. Em casos de agressão, 28% dos estudantes pediram ajuda aos diretores e 20% afirmaram que revidaram sozinhos.
A pesquisa “Diagnóstico participativo das violências nas escolas: os jovens” ouviu durante o ano passado 6.709 alunos, do ensino fundamental e médio. As cidades escolhidas foram as sete capitais com maiores índices de violência entre jovens: Belém, São Luís, Fortaleza, Maceió, Salvador, Belo Horizonte e Vitória.