Instituições que pretendem inserir matéria no currículo não chegam a 40%, segundo estudo
O Marco Civil da Internet foi aprovado no início de 2014 e recebeu a alcunha de “Constituição da internet”. Isso porque a lei foi a primeira a regulamentar o uso da rede por pessoas e empresas. Em seu artigo 26, o marco determina que o Estado garanta capacitação para uso seguro e responsável da internet em todos os níveis de ensino.
Uma pesquisa da FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) revelou que atualmente esta não é a realidade na maioria das escolas paulistas. Segundo o estudo, apenas 4,75% têm disciplina de Educação Digital e 34,1% pretendem incluir em sua grade curricular. Entre as escolas públicas, a primeira porcentagem cai para 1%.
Reconhecendo a importância do tema para a formação das crianças e jovens, 95,2% das escolas afirmam discutir os conceitos básicos de segurança, ética e responsabilidade ao usar a internet, mesmo fora de uma disciplina específica. Ainda assim, mais de 40% das instituições relataram não promover eventos e materiais que instruam sobre o uso ético e seguro da internet para o restante da comunidade escolar.
De acordo com o estudo, 77,8% das instituições de ensino permitem que professores sejam amigos virtuais de seus alunos em redes sociais e grupos de WhatsApp. Esta permissão é mais comum entre as escolas públicas: 82% contra 76,75% nas particulares.
A pesquisa foi feita por meio de um questionário com 14 perguntas, aplicado a 400 diretores de escolas públicas e particulares do estado de São Paulo.