Em evento promovido na Casa da Educação, especialistas defenderam os estudos do meio e acampamentos educacionais como possibilidades de aprendizado fora da sala de aula
Gestores se reuniram na Casa da Educação para debater o aprendizado fora da sala de aula |
A educação além das fronteiras da escola foi o tema do primeiro dos dez encontros que a Casa da Educação promoverá entre gestores da área privada de educação e especialistas em temas relevantes para o dia a dia deles nas instituições.
Kito Vivolo, da Associação Brasileira de Acampamentos Educacionais (Abae), falou sobre a profissionalização dos acampamentos nos últimos anos – segundo ele, mais de 1 milhão de crianças já foram atendidas no Brasil. O mercado hoje oferece serviços bastante específicos, como acampamentos temáticos, tendência importada da Europa e dos Estados Unidos, país onde existem mais de 100 mil tipos de acampamentos educacionais.
Para Kito, a diferença para outros serviços, como os de empresa de lazer, é que os acampamentos têm “filosofia”, se preocupando também com a parte pedagógica da experiência. Ele destacou também as vantagens do aprendizado fora do ambiente escolar. “As crianças brasileiras estão aprendendo a viajar por meio dos acampamentos educativos”, opina.
Outra forma de aprender além dos muros da escola é, na opinião de Miguel Thompson, diretor do Instituto Singularidades, através de estudos do meio. Em sua avaliação, o ensino linear, com aula expositiva dentro da sala, irá acabar. Ele defende o estudo do meio como uma das possibilidades de construção do conhecimento não linear. “Na educação e no conhecimento é preciso deixar espaço para a ambiguidade”, falou referindo-se à necessidade de levantar hipóteses com os alunos. Thompson ressaltou também a importância do “professor pesquisador” que, em sua opinião, é o que realmente pode influenciar e mudar e educação.
Os Encontros Educação acontecerão uma vez por mês, até novembro. A programação completa será divulgada na página da Casa da Educação, no Facebook.