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Incorporar a tecnologia ao ambiente educacional deve partir do processo natural de como se vê a aprendizagem Estamos tão imersos num mundo tecnológico que às vezes até esquecemos a que a tecnologia vem servir realmente. Como acender a luz ao entrar na sala escura, o […]
Publicado em 25/11/2013
Incorporar a tecnologia ao ambiente educacional deve partir do processo natural de como se vê a aprendizagem
Estamos tão imersos num mundo tecnológico que às vezes até esquecemos a que a tecnologia vem servir realmente. Como acender a luz ao entrar na sala escura, o uso de dispositivos eletrônicos como aparelhos celulares, tablets, notebooks e toda gama virtual de aplicativos e games se automatiza na rotina diária, deixando de lado a tarefa exponencial da sua aplicação e confundindo necessidade com praticidade.
Em análise sobre o uso das tecnologias aplicadas à educação feita por especialistas do mundo todo e publicada no relatório Horizon Report de 2013 do New Media Consortium (NMC), é dada como certa a transformação dos paradigmas educacionais a partir das novas relações de interação social e mediações diferenciadas. Cada vez mais os estudantes passam seu tempo livre na internet, e ver o meio on-line como um aliado da educação, fazendo uso de um modelo de aprendizagem híbrido, é uma tendência apontada pelo estudo.
Mais de um bilhão de pessoas usam o Facebook regularmente, por exemplo, desafiando as formas de interação social e comunicação a se reinventarem. Como observa Cristiana Assumpção, em entrevista nesta edição, na qual comenta o estudo do NMC traduzido para o português, “o pulo do gato” está em fazer um melhor uso desses recursos com olhos voltados para a educação e não para a tecnologia em si.
No entanto, ainda estamos nos adaptando a esses novos paradigmas e o primeiro passo será aceitar a transformação e se familiarizar com ela. Com recursos “caseiros”, como o uso de programas presentes nos sistemas instalados nos computadores e ferramentas de interação e compartilhamento disponíveis na internet, e meios populares, como o próprio computador, smartphones e tablets, cada vez mais comuns nas mãos de todos, é possível começar a estabelecer um novo jeito de ensinar.
Nesse sentido, ao invés de acender a luz, é preciso iluminar o ambiente educacional, sabendo que a tecnologia, que já está na sala de aula, não é a responsável pelo aprendizado, mas pode torná-lo mais prático e atraente na medida da necessidade criada. Tarefa essa que já está destinada aos educadores, professores e gestores.