NOTÍCIA
Famílias veem benefícios de atividades culturais na frequência e no desempenho escolar de crianças e jovens, além da sociabilidade, segundo pesquisa
A prática de atividades culturais traz benefícios para a educação de crianças e jovens. Essa afirmação foi validada por quase a totalidade das famílias ouvidas na pesquisa Hábitos culturais, realizada pelo Observatório Fundação Itaú no final de agosto e divulgada recentemente.
Segundo o levantamento, 93% dos entrevistados com filhos dizem que a exposição a atividades culturais influi na vontade de frequentar a escola; além disso, 94% dizem que elas ajudam no desempenho escolar, 92% acreditam que há melhoria no relacionamento em casa e 90% concordam que práticas culturais melhoram o relacionamento das crianças e jovens com outras pessoas. Os números consideram aqueles que concordam total ou parcialmente com as afirmações.
No detalhamento dos itens investigados pela pesquisa, o reconhecimento de que a cultura estimula a frequência escolar é alto em todas as regiões, com destaque para o Sul do país (96%), seguido por Sudeste (93%), Norte (93%), Centro-Oeste (91%) e Nordeste (90%). O benefício é mais bem percebido nos municípios de médio porte (96%) do que nos grandes centros (91%) e nas cidades pequenas (92%). A correlação também é melhor avaliada pelos grupos mais jovens, de 16 a 24 anos (97%) e 25 a 34 anos (95%), do que entre os mais velhos, de 45 a 65 anos (91%).
Por classe social e faixa de renda, os índices não sofrem grandes variações neste quesito, com concordância de 93% na classe AB, 93% na classe C, e 91%, na DE. O mesmo ocorre na análise por escolaridade, com a concordância de 94% dos entrevistados com formação universitária e de 92% entre respondentes com ensino fundamental completo.
A influência positiva da cultura para o desempenho escolar segue a mesma tendência, com maior concordância no Sul (96%), seguida por Sudeste (95%), Norte (94%), Centro-Oeste (93%) e Nordeste (92%). Nos municípios de médio porte, o impacto é considerado positivo por 98% dos entrevistados, contra 94% nos grandes centros e 93% nas cidades pequenas.
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Por escolaridade, a percepção de que a cultura influi positivamente no desempenho dos alunos é ligeiramente maior entre os pais com ensino superior (96%) do que entre os que têm ensino fundamental completo (93%). Entre as classes, a concordância é de 95% na AB e 93% na DE. Por faixa etária, o índice dos que concordam que a cultura influi no desempenho escolar é maior nos grupos de 16 a 24 anos (97%) do que entre os mais velhos, de 45 a 65 anos (92%).
Segundo levantamento, 93% dos entrevistados com filhos dizem que a exposição a atividades culturais influi na vontade de frequentar a escola (Foto: Shutterstock)
A melhoria no relacionamento em casa é apontada com intensidade em todas as regiões, sendo percebida por 95% no Sul, por 93% no Sudeste, por 91% no Norte, e por 90% no Nordeste, mesmo patamar verificado no Centro-Oeste.
O quesito é melhor avaliado nos municípios de médio porte (96%), do que nas grandes cidades (91%) e pequenas localidades (91%).
O benefício de socialização em casa é mais reconhecido pelos indivíduos mais jovens (16 a 24 anos – 97% de concordância) do que entre os mais velhos, de 45 a 65 anos (91%).
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A escolaridade, neste quesito, também produz diferenças. O benefício da cultura para o relacionamento em casa é apontado por 95% dos indivíduos com ensino superior, contra 91% dos que cursaram até o ensino fundamental. Por faixa de renda, o benefício é mais percebido entre os indivíduos da classe AB (94%) do que na DE (88%).
Por fim, o benefício da cultura para a melhoria do relacionamento com outras pessoas (fora de casa) é percebido com mais intensidade entre os indivíduos do Sudeste (94%), seguido pelo Sul (90%), e Centro-Oeste e Norte, ambos com 89%. Os municípios de porte médio também são os que mais concordam com a correlação educação/sociabilidade (94%), seguido de grandes cidades (93%) e municípios menores (87%).
Nesse quesito, há uma inversão no campo das faixas etárias: 90% dos entrevistados de 45 a 65 anos consideram positivo o impacto da cultura no relacionamento das crianças e dos jovens com outras pessoas. Entre os mais novos (16 a 24 anos), o índice cai para 80%.
A diferença de avaliação do impacto também é relevante por faixa de escolarização. Entre os que têm ensino superior, a concordância com o impacto positivo da cultura no quesito socialização é de 97%, contra 84% entre os que têm apenas o ensino fundamental. Na classe AB, a concordância é de 94% contra 82% na DE.
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