NOTÍCIA
O impacto das competências socioemocionais na construção de uma cultura inclusiva
Publicado em 11/10/2024
Por Escola da Inteligência: No mundo atual, com mudanças constantes, transformações digitais e inovações tecnológicas, desenvolver competências e habilidades socioemocionais se tornou um grande diferencial, tanto na vida pessoal quanto na profissional.
Autoconhecimento, empatia e relacionamento interpessoal são algumas das principais competências que o mercado de trabalho mais valoriza hoje em dia. E é cada vez mais evidente a importância de trabalhá-las desde cedo nas escolas.
As instituições de ensino têm um papel essencial nesse processo, criando um ambiente onde as crianças aprendem a lidar com suas emoções, respeitar os sentimentos dos outros e colaborar em equipe.
Além do âmbito corporativo, esse desenvolvimento contribui, desde a infância, para a formação de vínculos saudáveis, ajudando a prevenir e combater o bullying dentro das instituições escolares e promovendo uma cultura de respeito e inclusão entre os estudantes.
Ao aprenderem desde cedo a reconhecer e valorizar as diferenças, as crianças tendem a construir relacionamentos significativos e a crescerem mais preparadas para enfrentar desafios, tanto na escola quanto na sociedade.
O primeiro programa a aplicar o desenvolvimento dessas competências nas salas de aula foi a Escola da Inteligência (EI) por meio da educação socioemocional, que impacta diretamente a construção do futuro dos estudantes e de toda a sociedade.
Há 15 anos, a EI implementa nas escolas uma cultura que desenvolve mais de 80 competências e habilidades socioemocionais (recomendadas pela ONU e pelo MEC) com os estudantes, suas famílias e toda a equipe escolar.
Elas impactam diretamente não apenas no rendimento escolar e no gerenciamento das emoções de cada um dos estudantes, mas na melhoria das relações interpessoais, formando estudantes mais empáticos, resilientes e líderes da própria mente, que se tornam agentes ativos nas transformações do mundo.
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À frente de seu tempo, a EI já previa que a maior inovação do século XXI seria desenvolver competências socioemocionais para conseguir gerenciar bem suas emoções e criar vínculos de forma saudável na vida pessoal e profissional.
Dentre elas, o autoconhecimento e a autoconsciência são essenciais na cultura da inclusão, porque quando o aluno aprende a reconhecer e entender as próprias emoções, limites, crenças e preconceitos, ele passa a também reconhecer os aspectos que o diferenciam com relação aos outros e a entender como suas atitudes impactam o próximo.
“Essas duas competências são cruciais para que haja respeito e aceitação das diversidades e para combater preconceitos de qualquer tipo dentro do ambiente escolar e fora dele. No entanto, muito além de trabalhar com os alunos o impacto que suas atitudes causam no próximo, trabalhamos também, por exemplo, outra competência crucial nesse processo de inclusão: a empatia. Ela contribui para uma convivência harmoniosa e inclusiva, porque permite que os alunos sintam e compreendam a perspectiva do outro”, diz Rafaela Perim, gerente socioemocional da EI.
Ao incorporar práticas na sala de aula que desenvolvem a empatia, os alunos passam a entender e valorizar os desafios enfrentados pelos outros. Essa compreensão mútua cria um ambiente escolar em que o cuidado e o respeito se tornam valores fundamentais.
“As competências socioemocionais também promovem uma comunicação não violenta, essencial para a convivência inclusiva. Saber a hora de falar e de ouvir, fazer uso de ferramentas, como o silêncio proativo e o DCD (duvidar, criticar seus pensamentos e determinar agir de forma diferente), ensinados pela EI, ajudam os alunos a não agirem no foco de tensão e, também, a expressarem seus sentimentos e opiniões de forma clara e respeitosa e, da mesma forma, respeitar os dos outros. Tudo isso contribui para a prevenção e a resolução pacífica de conflitos, o que é crucial em ambientes onde as divergências de opinião são comuns”, comenta Rafaela Perim.
Assim, o desenvolvimento socioemocional permite que os alunos aprendam a se colocar no lugar do outro, compreendendo e respeitando as diferenças e as emoções, crenças e opiniões alheias. Essa habilidade não apenas promove conexões mais profundas, mas também evita julgamentos precipitados e a discriminação.
Dessa forma, em meio ao avanço tecnológico e tantas inovações do mundo atual que podem acabar nos desconectando da vida real, a verdadeira inovação está em estabelecer conexões verdadeiras com as próprias emoções e as dos outros, fomentando um mundo mais empático e inclusivo e criando um ambiente onde cada indivíduo se sinta valorizado e respeitado.
Quando uma criança ou adolescente desenvolve inteligência emocional durante o período escolar, ele cultiva relações mais saudáveis não apenas durante essa fase, mas por toda a vida, tanto na esfera pessoal quanto profissional. Assim, formar alunos que desenvolvem competências socioemocionais significa contribuir para a construção de uma sociedade mais justa, colaborativa e inclusiva.
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