ARTIGO
Participantes das Equipes de Ajuda trataram de temas como direitos humanos e bem-estar, sexualidade e gênero, capacitismo e racismo
O VI Encontro Nacional das Equipes de Ajuda aconteceu em 25 de setembro, em Campinas, SP. Organizado pelo Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Moral (Gepem) da Unesp e da Unicamp, o evento reuniu jovens de instituições públicas e particulares de ensino básico que têm implementado um sistema de apoio entre iguais, que tem como bandeiras a colaboração e o cuidado entre pares. O Gepem é coordenado pelas professoras Telma Vinha (Unicamp) e Luciene Tognetta (Unesp) e existe há cerca de 20 anos.
O encontro ocorreu no Centro de Convenções da Unicamp, SP, e nas salas de aula da Faculdade de Educação Física da mesma universidade. Participaram mais de 350 estudantes e 50 tutores — professores que são responsáveis pela orientação, formação e acompanhamento desses jovens nas unidades educacionais.
O evento foi marcado por uma participação ativa e efetiva das(os) jovens. Elas(es) apresentaram o que prepararam entre maio e setembro em suas escolas a respeito da temática dos direitos humanos.
No período da manhã, após uma breve abertura com a apresentação da Orquestra Jovem de Araraquara, uma fala da professora Luciene Tognetta — coordenadora da Rede de Equipes de Ajuda do Brasil —, e outra do professor Clodoaldo Meneguello Cardoso — coordenador do Observatório de Direitos Humanos da Unesp —, as escolas participaram da já tradicional troca de brasões. Neste momento, uma(um) representante de cada escola subiu no palco e ofereceu o símbolo que representa sua equipe de ajuda para outra instituição.
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Segundo os organizadores, é perceptível o sentimento de pertencimento de cada uma e cada um ao entregar o que representa o seu grupo, para que a outra escola cuide e se comprometa com a proposta. No período da tarde, os jovens se dividiram em oficinas para apresentar um pouco do trabalho desenvolvido pelas turmas nas suas unidades escolares durante o ano.
Os participantes trataram de temas que despertam sentimentos muitas vezes difíceis de lidar, como: direitos humanos e bem-estar; aporofobia; capacitismo; sexualidade e gênero; cyberconvivência e racismo. Esses assuntos atravessam a convivência ética e democrática dentro das escolas.
Na sequência, houve um aprofundamento em cada temática com a presença de oficineiros que são referências nessas áreas. Os oficineiros conduziram debates e reflexões importantes para o tempo em que vivemos, marcado por intolerância e polarização de ideias.
Para finalizar, o Grupo Maracatucá, de Campinas, conduziu os estudantes, tutores, palestrantes, oficineiros e organizadores do evento até o Teatro de Arena da Unicamp ao som dos ganzás, gonguês, caixas e alfaias, dançando em coreografias contagiantes.
Segundo os presentes, a caminhada de algumas centenas de metros foi um dos momentos marcantes do encontro: jovens unidos em uma mesma direção, num mesmo propósito, por uma convivência harmoniosa em suas escolas.
Acesse a plataforma do Gepem- Unesp/Unicamp por meio deste link.
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