Tatiana Klix, jornalista e diretora-executiva do Instituto Porvir, é uma das finalistas da Latin American Education Medal (Medalha de Educação da América Latina), premiação internacional organizada pela T4 e a HP. Além de Tatiana, o Brasil também conta com outro representante na final: Jair Ribeiro, presidente da Parceiros da Educação.

O objetivo do prêmio é reconhecer agentes inspiradores que estejam fazendo a diferença na educação. Esse será o primeiro ano da edição na América Latina. Há também outras duas medalhas, uma para lideranças da Ásia (Asia Education Medal, também lançada neste ano) e da África (Africa Education Medal, criada em 2022).

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Para Tatiana Klix, o reconhecimento tem a ver com a trajetória do Instituto Porvir, que já acumula 12 anos de atuação — e que está totalmente relacionada com o jornalismo. “O cerne dessa atuação é essa conexão que a gente consegue fazer, no Porvir, entre comunicação, jornalismo e educação”, analisa.

Jornalismo que transforma

O principal projeto do Porvir é o site, que conta com uma série de conteúdos jornalísticos voltados aos educadores. De acordo com a diretora, os conteúdos trazem referências, ideias e relatos de casos inspiradores que apoiam a transformação da educação. O objetivo é oferecer referências que os profissionais possam usar no dia a dia e que permitam uma maior conexão com os anseios e necessidades dos estudantes.

Klix destaca que um dos diferenciais nessa trajetória foi aprender a se comunicar com os professores, com uma linguagem que eles se sintam representados — e utilizando não só texto, como também vídeo, áudio e infográficos, por exemplo. Além disso, de estabelecer uma troca, e não apenas uma comunicação de mão única.

No Porvir, Tatiana Klix busca fortalecer três pilares: comunicação, jornalismo e educação. Foto: Wanezza Soares

“A gente usa o jornalismo de um jeito bem atual, mais contemporâneo, que não é mais aquele jornalismo que só tem uma via, com curadores do que é notícia, do que é informação, mas que ouve muito a audiência”, explica. Com isso, a proposta é ter uma audiência participativa.

A escuta, aliás, é um fator que ela considera importante nesse trabalho — e, também, dentro da comunidade escolar. No caso do Porvir, uma das iniciativas implementadas foi a criação de grupos de WhatsApp para educadores, divididos em temas como educação antirracista, metodologias ativas e educação socioemocional, por exemplo. 

“Eles [educadores] trocam práticas que estão desenvolvendo e implementando, desafios, dúvidas, pedem referências entre pares. A gente criou isso porque, nas escutas com os professores, vimos que eles tinham essa necessidade de trocar entre pares. Ali [nos grupos] eles encontram outros professores que também estão querendo trocar, querendo transformar”, conta Tatiana Klix.

Mas, como transformar a prática docente em meio a tantos desafios que fazem parte do dia a dia dessa profissão? A diretora afirma que a questão é complexa, já que há muitas adversidades e diversos tipos de professores. Em sua visão, o professor que consegue enfrentar esses desafios e implementar o ensino que acredita é aquele que consegue se conectar com os alunos.

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O prêmio

Além do título, os vencedores do prêmio serão convidados a participar da Cúpula Mundial das Escolas em Dubai, nos dias 23 e 24 de novembro.

Os ganhadores também poderão nomear uma escola para o Best School to Work — mecanismo que certifica escolas por sua cultura e as ajuda a transformar o ambiente de trabalho para atrair e reter os melhores professores.

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