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NOTÍCIA

Escolas Mais Admiradas

Para discutir transformações da escola é preciso pensar nas permanências, defende educadora

Débora Vaz fala dos princípios dessas permanências dentro do ambiente escolar, entre eles o de agência civilizatória

Publicado em 19/06/2024

por Juliana Fontoura

O debate sobre a transformação da escola é sempre presente na educação básica, sobretudo no que diz respeito à adaptação às novas tecnologias e às mudanças da sociedade. Contudo, para que seja possível que a educação se reinvente, é necessário discutir e entender aquilo que deve permanecer – ou seja, o que é a base da escola e da função que ela exerce. 

É o que defende Débora Vaz, diretora pedagógica do Colégio Santa Cruz, SP. “É dessa permanência que nasce a ideia basilar, que solidifica o projeto”, afirma.

Durante o evento da revista Educação Escolas Mais Admiradas, que acontece hoje, 19, em São Paulo, em painel que debateu justamente esse tema, a educadora expôs alguns dos princípios que devem fazer parte das permanências da escola, ou seja, dessa base fundamental. 

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Entre eles, ela destacou: a ideia de diversidade como força da escola (por ser um ambiente coletivo), a função de ensinar aquilo que não é possível aprender fora do ambiente escolar, e algo que, por vezes, pode acabar sendo esquecido: que a escola, mesmo quando particular, é um espaço público. Ter isso em mente ajuda a pensar em transformação e inovação, orientou.

Além disso, também é importante que a escola permaneça com as funções de agência civilizatória de larga escala e de formação de conhecimento das próximas gerações. “Nós [escola] somos responsáveis por abrir os horizontes da cultura do conhecimento, e não cair no engodo de achar que a gente precisa ensinar para o prazer e o desejo pessoal – que se constróem, não são inatos”, explica.

Transformação da escola

É importante olhar para dentro e fora dos muros da escola, destaca Débora Vaz (Foto: revista Educação/ Thiago Carvalho)

O que transformar?

E o que pode ser transformado e reinventado? Segundo Vaz, é preciso que a escola contemple ainda mais diversidades, reconhecendo que o país foi construído sobre a desigualdade e exploração de minorias – que são maiorias. “Ensinar é ensinar na diversidade”, afirma.

Além disso, também é preciso pensar nos currículos – no plural – para infância, adolescência, jovens e adultos. “Precisamos pensar no que é para todos, o que é para alguns e o que é para grupos”, resume. Segundo a educadora, é importante pensar no plural, pois não há apenas um currículo.

A especialista também lembrou da importância de se pensar em didáticas específicas (o que ajuda a pensar na sala como lugar intelectualmente ativo, para transformar informação em conhecimento), no currículo de cultura digital (que não deve ser prejudicado pelo importante debate a respeito do excesso de telas), no ensino de línguas adicionais, no fomento à curiosidade e à participação dos alunos, no rompimento de metodologias conservadoras (mas sem se tornar menos exigente) e na reinvenção da relação com as famílias. 

Por fim, é importante olhar para dentro e fora dos muros da escola: afinal, hoje, os aprendizados não se limitam ao ambiente escolar. É possível, por exemplo, explorar a cidade – museus, praças, órgãos públicos, além de muitos outros espaços.

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O evento da revista Educação Escolas Mais Admiradas está acontecendo na Fecap, das 8h às 18h, em SP. É patrocinado pela Internacional School, Editora do Brasil, Faber-Castell, Seven Consciência Bilíngue, EducAtiva e Uniu, e tem o apoio da Fecap e Bureau.

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Autor

Juliana Fontoura


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