NOTÍCIA
O Especial LED conta a história dos seis vencedores da 3ª edição do Prêmio LED, iniciativa de educação da Globo e Fundação Roberto Marinho
Publicado em 11/04/2024
Esperança, otimismo, ideias e ideais. Seis histórias que estão transformando a educação no Brasil. Esse é o retrato da 3ª edição do Especial LED, com apresentação de Lázaro Ramos que, pela primeira vez, comanda a atração.
“Fiquei honrado e feliz com o convite porque tudo que os projetos de responsabilidade social fazem eu sou fã absoluto e, quando o tema é educação, eu fico mais apaixonado ainda”, se emociona o ator. O programa será exibido na TV Globo no próximo dia 11 de abril, logo após o BBB 24.
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O Especial LED conta a história dos seis vencedores da 3ª edição do Prêmio LED, iniciativa que faz parte do Movimento LED – Luz na Educação – realizada pela Globo e pela Fundação Roberto Marinho que mapeia e reconhece projetos inovadores na educação em todo o país. Os vencedores concorreram com mais de 2.300 iniciativas inscritas na premiação.
O programa vai mostrar, in loco, como as práticas educacionais funcionam e vai exibir o grande encontro entre os seis ganhadores do Prêmio, realizado no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo. Além do reconhecimento nacional que os projetos vão ter por meio do especial de TV, cada iniciativa foi premiada em R$ 200 mil e passa a integrar a rede de Embaixadores da Comunidade LED. O Especial LED será exibido hoje, 11 de abril, na TV Globo, logo após o Big Brother Brasil 2024. Essa é a terceira edição do programa, e as edições passadas podem ser conferidas na categoria Educação, no Globoplay.
“A cada ano, iluminamos novas histórias de pessoas que transformaram seus sonhos em iniciativas de alto impacto para a realidade social do território em que atuam. Educação deve ser sempre prioritária para todos e, na Globo, é um compromisso que carregamos há anos em nosso DNA, desenvolvendo inúmeras ações que estimulam esse setor e promovem o desenvolvimento de quem já está fazendo a diferença. Descobrir esse Brasil profundo, com essas narrativas importantes e impactantes, nos impulsiona e faz com que, ano após ano, sigamos perseguindo a missão de projetar iniciativas de diferentes lugares e realidades”, declara Cristovam Ferrara, diretor de valor social da Globo.
Para contar a história de todos os projetos, a equipe da TV Globo percorreu o Brasil para unir as narrativas.
“Uma das coisas mais legais do Movimento LED é a oportunidade de conhecer os projetos na prática. Quando a gente vai ao local onde ele acontece, em cantos diferentes (e muitas vezes remotos) do país, entendemos a importância do trabalho que estão fazendo. Muitas vezes, aquele projeto é a única fonte de educação e a chance de um futuro melhor para crianças e jovens da região. Nós todos saímos de lá transformados e esperançosos. Tem muita gente fazendo a diferença no nosso país. Para o programa, o nosso desafio é captar a realidade que encontramos, seja traduzindo as belas imagens ou a emoção vivida durante todo o processo, para que o público entenda como cada projeto está usando a educação para transformação daquela comunidade”, se emociona a diretora artística do programa, Antonia Prado, que está à frente do especial desde o primeiro ano.
“Trouxemos o Lázaro, que tem educação no seu DNA e que fala disso de forma muito clara e muito acessível para todo mundo, para ajudar nessa costura do programa e explicação dos projetos. Já usamos diferentes formatos para fazer o Especial LED e neste ano apostamos muito na estética documental com pitadas de estúdio para termos um programa educativo, divertido e emocionante, mostrando para as pessoas como a educação muda o Brasil”, declara Antonia.
O público poderá mergulhar nas histórias das seis iniciativas vencedoras como a Formação de Professores na Reserva de Desenvolvimento Sustentável de Uacari, projeto liderado pelo professor doutor Huanderson Lobo, que oferece graduação de licenciatura em pedagogia do campo implementada na cidade de Carauari, no Amazonas. O curso funciona dentro da reserva de desenvolvimento sustentável, destinada a oferecer formação superior aos moradores da zona rural.
“Nós não formamos só professores, formamos lideranças nas suas respectivas comunidades e que são porta-vozes de uma educação que visa ao desenvolvimento sustentável, que valoriza o saber tradicional. É uma formação de sujeitos ecológicos e cidadãos preocupados com a conservação e preservação do meio ambiente”, declara Huanderson, vencedor na categoria Educador.
Outro projeto vencedor na mesma categoria foi o Cine Jericóllywood, idealizado pela professora Janiglécia Lopes, e que adapta livros em filmes de stop motion e curta metragem, com a atuação dos alunos, pais e moradores da comunidade local, no município de Serra Branca, no Cariri paraibano.
“Na época da pandemia os alunos estavam meio ausentes, então precisava de algo que pudesse chamar a atenção deles. Recordei que durante meu curso na Faculdade de Letras e Espanhol, um professor fez um projeto de audiovisual e eu achei muito interessante, percebi que podia usar essa linguagem agora no letramento das crianças, incentivando a terem um pensamento crítico, além de escrever, ler e se comunicar melhor”, explica Jani.
Já na categoria Estudantes, os projetos selecionados foram Tocando em Frente, que trabalha com crianças entre 10 e 15 anos em diferentes escolas do país usando o voluntariado. “Tudo que uma criança precisa é de alguém que acredite nela”, declara a jovem Luiza Vilanova, de apenas 22 anos, fundadora do projeto.
“Meu pais nunca me deixaram perder a capacidade de sonhar e é isso que o projeto faz todos os dias. Ele vai recuperando a capacidade das crianças de sonharem e dá oportunidades para elas conseguirem fazer isso”, se emociona Luiza.
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Na mesma categoria está o Projeto Boyebi: O impacto da literatura afrofuturista, surgido em 2022, em Araras, SP, da vontade de seis estudantes e de uma professora de começarem uma iniciação científica.
“No ano anterior, havia sido instituída cotas raciais no colégio, então agora ele tem uma característica totalmente diferente, porque estudantes pardos, negros e indígenas estão presentes naquela instituição com mais força. Então, foi quando uma das integrantes do grupo trouxe o conceito do afrofuturismo”, conta Hiara Cruz, proponente do projeto.
O grupo de estudos passou a se aprofundar na literatura sobre o tema e, no meio dessas leituras, surge um desejo de se aprofundarem em suas próprias histórias e ancestralidade, e foi assim que surgiu o nome Boyebi, palavra do idioma Lingala, originário da República Democrática do Congo e que significa conhecimento.
O projeto Esperança no Espaço, criado por, Lindemberg Lima, diretor da Cadeia Pública da cidade de Esperança, na Paraíba, foi uma das iniciativas reconhecidas na categoria Empreendedores e Organizações Inovadoras. Apaixonado pelo universo astronômico, sempre sonhou em ver o espaço, mas, por falta de recursos quando criança, esse sonho foi adiado e, somente durante a pandemia foi realizado.
Com uma vontade imensa de observar o céu, Lindemberg descobriu como produzir seu próprio telescópio em casa. “Eu decidi fazer um telescópio de forma artesanal e descobri algumas cartilhas que ensinavam isso. Consegui fazer um telescópio e descobri que é um equipamento extremamente eficiente. Eu vi coisas que eu jamais imaginei conseguir ver”, declara apaixonado o fundador do projeto.
Hoje, Lindemberg usa desse conhecimento para ensinar os reeducandos da sua unidade prisional a produzirem telescópios que depois são distribuídos para escolas públicas da região, transformando toda a comunidade.
O Projeto Aldeias, criado a partir de uma dor pessoal de Daniela da Silva, tem como objetivo reinserir jovens e crianças em Altamira, Alto Xingu. A fundadora teve a ideia após seus dois sobrinhos ficarem órfãos por conta do aumento da violência da cidade. O dois passaram a depender dos avós e, a partir daí, Daniela percebeu a dificuldade que sua família enfrentava nesse processo.
“A gente olhou para toda a comunidade e percebeu que não era só a minha família que estava passando por aquele sofrimento, tinham outras famílias na mesma situação”, comenta Daniela.
A partir de um esforço e de uma mentalidade coletiva, o projeto foi nomeado em 2021 como Aldeias com base no provérbio africano que diz ‘É preciso de uma aldeia inteira para educar uma criança’. Com isso, Daniela relata: “as crianças precisavam de cuidado e as mães precisavam de uma rede de apoio”, e completa: “Quem cuida de quem cuida?”.
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