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Neurodiversidade: escola precisa entender a função do cérebro

Telma Pantano salienta que cada aluno é diferente e a necessidade de o gestor aprender conceitos das funções cerebrais

Publicado em 13/05/2022

por Leticia Scudeiro

neurodiversidade-escola

Todo ser humano possui suas próprias particularidades. Telma Pantano, fonoaudióloga e psicóloga do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP, explicou sobre a neurodiversidade e a importância de o gestor conhecer sobre o assunto para lidar com seus alunos durante um o painel oferecido pela Santillana Educação hoje, 13, na Bett Brasil.

Segundo ela, o indivíduo não evolui somente por querer, o cérebro humano tem que ser alimentado e, de uma certa forma, treinado para armazenar o conhecimento. “Antes de uma ação eu tenho pensamentos e emoções, se eu não ensinar uma criança a reconhecer que pensamentos ela tem e que emoções ela sente, ela não vai saber o que fazer com aquilo que aprendeu e sentiu”, explicou.


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Levando para o campo da educação, se o aluno não estiver recebendo as informações de uma forma que ele absorva aquele conhecimento, o ensino não está funcionando, com isso é preciso reconhecer que o cérebro é flexível e todos somos diferentes. Telma citou um caso em que dois irmãos com o mesmo convívio se comunicam e funcionam de forma diferente. Isso é um exemplo que evidencia o quanto o educador precisa entender sobre a neurodiversidade.

“Esse é o grande ponto do cérebro, eu nunca vou ter uma resposta ou solução igual à do outro, porque não só minhas memórias são diferentes, mas porque eu aprendi a ativar o meu cérebro de forma diferente” comentou.

Ela ressaltou que apesar do psicólogo – profissional formado e treinado para lidar com o socioemocional dos jovens -, o educador também pode e deve saber identificar e conversar com os alunos, familiares ou seus companheiros para lidar com os problemas no ambiente escolar.

“Quem pode trabalhar com as habilidades socioemocionais? Não é o psicológico que é uma pessoa treinada para isso. Dentro da escola a gente tem que começar a identificar quem são as pessoas que têm condição de conversar com determinados alunos, quem são as pessoas que têm condição de conversar com determinadas famílias, quem têm condição de dar suporte para os professores quando eles estão desestabilizados” finalizou Telma.


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Autor

Leticia Scudeiro


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