Primeira sul-americana finalista do Global Teacher Prize, prêmio que a colocou entre os 10 melhores professores do mundo
Publicado em 05/11/2021
No ensino híbrido é preciso que as atividades presenciais e online sejam planejadas de maneira complementar e a sala de aula seja o local para as relações
O ensino híbrido recebe este nome por mesclar a aprendizagem online e off-line. No entanto, essa regra necessita ser adaptada de acordo com as necessidades pedagógicas, intencionalidade do professor, e necessidades do território educativo.
Na abordagem híbrida, temos algumas modalidades como rotações por estações, laboratorial rotacional, sala de aula invertida, entre outros. Cada modalidade possui uma estrutura a ser trabalhada, como, por exemplo, nas rotações por estações, em que o professor parte de um tema central e a partir de estações criadas, poderá ir trabalhando com subtemas, estipulando o tema e permitindo que os estudantes se aprofundem em reflexões.
Leia também
A importância da busca ativa na educação
Os benefícios da aprendizagem baseada em projetos
A saber, o laboratório rotacional visa mesclar o espaço da sala de aula com ambientes que possuam aparatos tecnológicos em que os estudantes possam se dividir entre o online e o off-line, em atividades complementares visando um objetivo a ser cumprido.
Já a sala de invertida, atua no processo pedagógico, antes, durante e depois, visando que ao longo do tempo os estudantes se tornem curadores de informações e o momento da sala de aula seja otimizado para debates e reflexões sobre o tema.
Essas são algumas das modalidades existentes e todas possuem a finalidade de garantir que o estudante seja o centro do processo de aprendizagem e que haja uma personalização do ensino, respeitando os diferentes ritmos de aprendizado.
O ensino híbrido chegou para ficar nas salas de aula. Por trazer interação e personalização ao processo de ensino e aprendizagem e possibilitar flexibilização do currículo e da proposta pedagógica, não apenas em relação ao tempo, mas principalmente na abordagem em que os estudantes são mais pertencentes ao processo.
O modelo amplia o espaço e a aprendizado que não fica apenas restrito, por exemplo, ao ambiente da sala de aula, combinando espaços da unidade escolar com múltiplos espaços virtuais ao permitir que o estudante aprenda dentro e fora do espaço formal, de forma contínua e conectada às suas necessidades e anseios.
Enquanto as aulas presenciais permitem um envolvimento imediato, nas aulas mediadas por tecnologia e ou aprendizagens virtuais, os estudantes têm a oportunidade de desenvolver suas habilidades de forma autônoma e de acordo com seus interesses e habilidades pessoais, completando a aprendizagem e o processo autoral.
Assim, para potencializar os benefícios do ensino híbrido é preciso que as atividades presenciais e online sejam planejadas de maneira complementar e a sala de aula seja o local para as relações construídas através do convívio e senso de comunidade.
Já o ambiente online é um espaço privilegiado se considerarmos as discussões em tempo real, apresentações e trabalhos em grupos em que o professor pode tirar proveitoso para adequar suas aulas e aproveitar os benefícios entre os ambientes e potencializar a exploração independente, autonomia, pensamento e criatividade.
Para implementação da abordagem híbrida é necessária uma série de mudanças, no que tange a forma de aplicação e abordagem das aulas e planejamento que vão além de aparatos tecnológicos, como vimos. A abordagem das aulas muda para guiar e potencializar o trabalho de maneira híbrida.
Débora Garofalo é a primeira sul-americana finalista do Global Teacher Prize, prêmio que a colocou entre os 10 melhores professores do mundo
Criador da escola Lumiar explica seu projeto pedagógico e critica modelo PBL