ARTIGO
Em tempos de isolamento, o antigo hábito de enviar correspondências está aproximando alunos do 3º ano de pessoas queridas
Publicado em 21/06/2021
“Querido vovô! Querida vovó! Oi dindo, tudo bem? Olá, minha amiga! Oi prima, como você está?” Quem não gostaria de receber uma saudação carinhosa assim? Pois os alunos do 3º ano do ensino fundamental do Colégio Marista Ribeirão Preto, SP, estão se conectando com as pessoas por meio de cartas enviadas pelos Correios.
A ideia surgiu em sala de aula, quando as professoras trabalhavam com os alunos o gênero textual cartas, no modelo em que eram escritas tempos atrás: à mão, em papel, dentro do envelope. “Percebi um grande entusiasmo das crianças e o quanto elas estavam sentindo falta do contato com as pessoas queridas”, conta a docente Gisele Furtado, uma das professoras do 3º ano.
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Além de explicar a estrutura do texto, as professoras providenciaram com a escola envelopes, selos e disseram que naquele pedaço de papel os alunos poderiam falar sobre os próprios sentimentos e enviar para os destinatários que desejassem. “Como estamos trabalhando a empatia, o olhar para o outro, vimos ali uma oportunidade das crianças se colocarem no lugar de quem vai receber a carta. O que eles estão sentindo nesse momento”, acrescenta Furtado.
As crianças logo manifestaram interesse em escrever mensagens para as pessoas de quem sentiam mais saudades e que estavam afastadas devido à pandemia da covid -19. Avôs, tios, primos, amigos, padrinhos, enfim, teve carta para gente de vários cantos do país e também para o exterior, como Holanda e Israel.
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