A afirmação é do coordenador do DIEESE, Fausto Augusto, durante lançamento de movimento que busca uma educação que atinja todos os setores sociais
Difundir a compreensão e o pertencimento de educação para além do âmbito escolar e político é o objetivo da Bancada da Educação, que reúne professores, técnicos da área e políticos de diversos partidos — o grupo se intitula apartidário.
“A educação transcende da escola e avança na cultura e por toda a cidade. Não é só escolarização”, afirmou Fausto Augusto Junior, coordenador de educação do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), durante o lançamento municipal do grupo, na Câmara Municipal de São Paulo. Junior entende que precisa ocorrer uma conscientização no que fiz respeito à territorialidade.
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Mais do que isso, a Bancada se mobiliza para que a educação se torne um projeto de nação, quebrando barreiras sociais, culturais e econômicas.
Em relação às maneiras de fazer a educação no país avançar com equidade, durante o lançamento, Francisco Soares, professor titular aposentado da UFMG e ex-presidente do Inep, deixou claro que o aprendizado ocorre na escola, sendo assim, o MEC precisa desenvolver e/ou fortalecer políticas públicas relacionadas ao acesso à educação, à trajetória (infantil, fundamental e médio) dos estudantes na instituição, uma vez que há resultados gravíssimos de evasão e do conhecimento adquirido.
“O Ideb trouxe a ideia de resultado, possibilitando detectar, por exemplo, um problema crônico na escola. Mas a pesquisa é insensível para os alunos que evadem, em sua maioria, pobres. Por isso a importância de notar a trajetória”, alertou Soares.
A Bancada da Educação pretende apoiar vereadores ligados a pautas educacionais transformadoras, que apoiem a igualdade e pluralidade de ideias e que coloquem o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica), que pode ser extinto ano que vem, como prioridade.
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