Acerco do IMS possui mais de 6 mil obras de Millôr
Durante mais de sete décadas, o traço e a verve do carioca Millôr Fernandes (1923-2012) divertiram milhões de leitores de diversas publicações — entre elas, o
Jornal do Brasil,
O pasquim e
Veja — com tiradas sobre a vida brasileira, incluindo sacadas antológicas sobre os descaminhos do país sob o regime civil-militar de 1964 e, depois, sobre as agruras do período de redemocratização. Sempre com o humor muito peculiar de quem foi também, entre outras atividades, tradutor de Shakespeare para o português.
Parte significativa do seu trabalho vem a público graças a uma exposição que o Instituto Moreira Salles (IMS) abriu, na sua sede de São Paulo.
Millôr: obra gráfica reúne desenhos, feitos principalmente para serem publicados na imprensa, que “revelam a força e a complexidade de uma obra fundamental para a arte brasileira”, de acordo com o texto de apresentação dos curadores Cássio Loredano, Julia Kovensky e Paulo Roberto Pires.
Desenho de Millôr Fernandes selecionado para a exposição
O material foi organizado em cinco grandes conjuntos, “dos autorretratos à crítica implacável da vida brasileira, passando pelas relações humanas, o prazer de desenhar e a imensa e importante produção do
Pif-Paf, seção que manteve na revista
O Cruzeiro entre 1945 e 1963”. A exposição é acompanhada por um livro, publicado em 2016, que reúne cerca de 500 dos desenhos de Millôr, além de trazer ensaios críticos e uma cronologia de sua vida e obra.
Em cartaz até 31 de dezembro,
Millôr: obra gráfica pode também ser vista, parcialmente, pelo site do IMS, instituição que mantém o acervo deixado por ele, com mais de 6 mil desenhos e um arquivo pessoal:
https://ims.com.br/ .
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