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Como funciona a premiação de professores considerada o Nobel da Educação

Global Teacher Prize está com inscrições abertas para edição 2019; prêmio é de 1 milhão de dólares

Publicado em 19/06/2018

por Juliana Fontoura

shutterstock_259151795 Premiação está com inscrições abertas (Crédito: Thomas Koch / shutterstock.com)

premiação Global Teacher Prize

Premiação está com inscrições abertas (Crédito: Thomas Koch / shutterstock.com)

O Global Teacher Prize, principal premiação mundial voltada a professores, está com inscrições abertas. Em sua quinta edição, o prêmio é considerado o ‘Nobel da Educação’, e oferece um prêmio de US$ 1 milhão (cerca de R$ 3,7 milhões) ao vencedor.
Podem participar professores do ensino fundamental e médio, que deem aula presencialmente ou on-line. Para se candidatar, é preciso cumprir carga horária semanal de no mínimo 10 horas e planejar seguir na profissão pelos próximos cinco anos.  
As inscrições devem ser feitas no site da premiação. A candidatura pode ser realizada até o dia 9 de setembro, tanto pelo próprio educador quanto por terceiros.
Os 50 pré-selecionados serão anunciados em dezembro deste ano. Já a lista de dez finalistas será divulgada em fevereiro de 2019. O grande vencedor será revelado em março, durante o Fórum Global de Educação e Habilidades, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Todos os finalistas participam do evento.
Critérios
O vencedor será escolhido pela Academia do Global Teacher Prize, que inclui professores, especialistas em educação, comentaristas, jornalistas, funcionários públicos, empresários de tecnologia, diretores de empresas e cientistas de todo o mundo.
As práticas dos candidatos são avaliadas com base em uma série de critérios. Elas devem, por exemplo, ser replicáveis, inovadoras, ter alcançado resultados demonstráveis de alunos em sala de aula, além de ter impacto na comunidade.
O prêmio
O Global Teacher Prize é organizado pela instituição de caridade Varkey Foundation desde 2015. A premiação foi criada após um estudo feito pela fundação e pela consultoria Populus, que avaliou a condição da profissão docente em 21 países, incluindo análises sobre salário e a atitude dos estudantes com relação aos educadores.
A partir da conclusão de que a carreira docente vem sendo desvalorizada em diversos países, Sunny Varkey, criador da Varkey Foundation, idealizou o prêmio, com o objetivo de elevar o perfil da profissão e reconhecer boas práticas.
A primeira edição do prêmio recebeu mais de 5.000 inscrições de 127 países. A vencedora foi a professora Nancie Atwell, dos Estados Unidos.
Em uma entrevista para o site da premiação, ela destacou a importância da leitura e definiu a escolha como a principal característica do seu método de ensino, já que as crianças decidem o que vão ler e sobre o que querem escrever. “As histórias são o superpoder dos professores de inglês”, afirmou.
Na edição 2018, a vencedora foi Andria Zafirakou, professora de artes e têxteis na Alperton Community School, escola localizada no distrito de Brent, em Londres. O local é marcado pela diversidade étnica. Além disso, muitos alunos vêm de famílias pobres.
Andria se destacou ajudando a redesenhar o currículo da instituição para acolher melhor os alunos. Ela ajudou o professor de música a criar um coral para crianças da Somália e inseriu atividades esportivas para meninas em horários alternativos. A educadora também aprendeu conceitos básicos de 35 idiomas, com o objetivo de integrar alunos imigrantes.
Participação brasileira
Nas duas últimas edições, professores brasileiros se destacaram na premiação. Em 2017, o  professor de ciências Wemerson da Silva Nogueira, da escola estadual Antônio dos Santos Neves, de Boa Esperança (ES), ficou entre os dez finalistas. Em 2018, foi a vez de Diego Mahfouz Faria Lima, diretor da escola municipal Darcy Ribeiro, de São José do Rio Preto (SP).
Lima foi selecionado devido ao trabalho de transformação da escola Darcy Ribeiro, que sofria com depredação e altos índices de violência. Além da recuperação do espaço físico, ele investiu no engajamento dos alunos, tornando a escola mais democrática.
“É um projeto que dá resultado se você se abrir à gestão democrática, dar voz em vez de concentrar as decisões, valorizar o protagonismo dos alunos e abrir a escola como se ela não tivesse muros”, afirmou o diretor em entrevista à BBC Brasil.
O projeto de Lima conseguiu resultados como a redução da evasão e melhora do desempenho dos estudantes, além da diminuição da violência.
 

Autor

Juliana Fontoura


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