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Arte e Cultura

Novo livro visita bastidores de ‘2001’

Michael Benson, autor do livro, fala sobre um dos temas explorados no longa de Stanley Kubrick: o uso de inteligência artificial

Publicado em 07/05/2018

por Sérgio Rizzo

michael-benson

No livro 2001: uma odisseia no espaço – Stanley Kubrick, Arthur C. Clarke e a criação de uma obra-prima (Todavia, 496 págs., R$ 84,90), o escritor e cineasta Michael Benson visita os bastidores do filme, cujo lançamento ocorreu há 50 anos. Na entrevista abaixo, Benson fala sobre um de seus temas, o uso de inteligência artificial.

Novo livro visita bastidores de ‘2001’

Crédito: Lucie Goodayle

Quais os aspectos mais atuais de 2001?

Penso que a questão da inteligência artificial está se tornando cada vez mais proeminente. Há conexões entre HAL [o supercomputador do filme] e as máquinas de hoje, capazes de aprender e guiadas por algoritmos. Ainda não chegamos àquele tipo de inteligência, que é nomeada por uma expressão das ciências da computação, “HAL-like” (como HAL), e que você poderia dizer que equivale a um ser humano, você pode ter uma conversa com ela. O que temos, hoje, são fragmentos de inteligência artificial produzidos por algoritmos, e que podem causar todos os tipos de destruição, como no filme. Algumas dessas máquinas que aprendem com algoritmos têm sido usadas de modo ameaçador, como no caso da consultoria inglesa Cambridge Analytica, que transformou em verdadeiras armas os dados sobre 50 milhões de usuários ilegalmente obtidos pelo Facebook.

E o aspecto positivo da inteligência artificial?

Coisas interessantes têm sido feitas. Uma equipe em Toronto (Canadá) está usando máquinas que aprendem com algoritmos no desenvolvimento de novos medicamentos para o tratamento do câncer. Ninguém da equipe tem formação em medicina. Eles estão usando esses poderosos algoritmos capazes de “mastigar” imensos volumes de dados e examinar padrões. Esse é um lado potencialmente positivo da inteligência artificial. Em abril de 1968, quando 2001 foi lançado, perguntaram a Arthur C. Clarke [escritor e corroteirista do filme]: “você acha que a ascensão da tecnologia está nos desumanizando?”. E ele respondeu: “não, eu acho que está nos super-humanizando”. Era um otimista. Kubrick [corroteirista e diretor] era mais cético.

Autor

Sérgio Rizzo


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